sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O HOMEM QUE NÃO ABANDONA A ESPADA NO "FAZER " A OBRA.


NEEMIAS 4:17.
NEEMIAS         4:17 - Os que estavam edificando o muro, e os carregadores que levavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com a outra segurava a sua arma;


            O livro de Neemias não é catalogado como biográfico, tampouco considerado profético, mas sim, histórico. O que outrora era reconhecido como “O Segundo livro de Esdras”, nos mostra a história desse simples homem e sua obra, um copeiro do rei da Pérsia (que alguns acreditam até que fosse eunuco, mas isso não nos importa). Essa história nos ensina tanto sobre logística, nos fala sobre o poder da oração, nos fala sobre fé, sobre determinação, e tantas outras coisas maravilhosas, da parte de Deus, que podemos tirar desse livro, o livro de Neemias.
            O livro é rico em detalhes, e foi justamente devido a um pequeno detalhe que o Espírito Santo me convida a meditar e compartilhar esses pensamentos com a igreja nesta noite.
            O detalhe: o fato desses homens, os que edificaram o muro, os carregadores e até os cidadãos comuns, vigilantes e armados, enquanto realizavam a obra.
E esse fato me incomodou (intrigou) bastante: fazer a obra, e ainda armado.
E com a permissão de Deus eu nominei essa mensagem de: O HOMEM QUE NÃO ABANDONA A ESPADA NO “FAZER” A OBRA.
Primeiro, vamos identificar o que seria “fazer a Obra”?
Não estou me referindo, obviamente, a literalmente levantar um muro, construir o muro. Não que seja demérito, mas, contextualizando, o que seria fazer a obra de Deus nos dias de hoje.
Em JOÃO 6:28 e 29 a multidão questiona Jesus... (abrir e ler).
O Mestre sabia que o povo, mais cedo ou mais tarde, iria confundir o “fazer a obra” com “caminho para a salvação”. Exatamente como muitas religiões (seitas) que pregam a obra como exclusiva condição salvívica. Mas é um ledo engano, pois como diz a Poderosa Palavra de Deus: Não somos salvos pelas obras, mas pela Graça (Efe.2:8 a 10)
Voltemos ao versículo em João 6: 29 – Jesus respondeu e disse: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que Ele enviou.
E crendo nesta forma, na sua totalidade de significado, no sentido mais completo e amplo da palavra CRER, olha o que o próprio Jesus diz e nos confiou: (EU LEIO) JOÃO 14:12 - Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai.
            Mas entendamos que CRER é a base da resposta de Jesus à multidão, sobre o “fazer a Obra de Deus”. E para entender o que é esse “crer” que Cristo nos responde, esse “crer” tão completo que torna-nos capazes de fazer coisas que Ele mesmo fez e outras maiores, vamos apelar para o dicionário Grego que nos dá 3 significados para a palavra CRER.
Assim como no inglês as palavras...
A palavra “PISTEOU” , CRER em grego, significa: 1. se filiar, aderir-se. 2. Crer, acreditar fielmente. e 3. Se comprometer.

Então, irmãos, se a multidão pergunta ao Mestre Jesus: “O que é fazer a Obra?” e Jesus responde que é crer nEle. Isso significa que fazer a obra é se aderir às idéias de Jesus, ter fé no poder do sangue que purifica e Nome que cura e liberta; além de se comprometer em propagar a Sua Palavra e cumprir com o que lhe é dado, visto que não devemos ser negligentes em enterrar o talento que Deus nos dá, seja qual for esse talento.
Repetir: “Realizar a Obra de Deus é... se aderir a Jesus... ter Fé em Jesus ... se comprometer com Jesus.


Mas nós servos do Deus Altíssimo, somos obreiros armados do Senhor!
Se estivermos fazendo a obra de Deus, o que dizer então da espada?

Poucos homens sabem lidar com a espada (1º) na hora certa, (2º) contra a pessoa certa, e (3º) com a finalidade certa.

Aprendemos na Bíblia que a espada é a Palavra de Deus.
Mas infelizmente há crentes que cismam em desembainhar a Palavra em momentos equivocados, a Bíblia não se desperdiça em momentos fúteis, em rodas de debates infundáveis. Tem horas que a gente evangeliza melhor com a nossa vida que no uso literal da Bíblia.
Os fariseus faziam isso melhor que ninguém, usando seus filactérios e não viviam uma vida condizente. Hoje há pessoas com filactérios nas línguas mas não são mansos, amorosos, que não se dominam perdendo a temperança, etc.
Há momentos que devemos usar menos de ortodoxia e mais de ortopraxia (a pureza da prática cristã), ou seja, falar menos e fazer mais.

(2º) Há aqueles que jogam a Bíblia na cara de todo mundo. Isso tem que ser feito com sabedoria e não pode ser de qualquer jeito. Há mensagens que são melhores expostas aos líderes, outras à mocidade, outras ao novo convertido, etc.
E, além disso, o uso de uma boa arma depende também da forma como você a conhece. Se eu sei que eu domino pouco aquela arma, eu vou usá-la de modo mais simples.
Com a Palavra de Deus é a mesma coisa, irmãos!
Para usá-la de forma mais sofisticada, contra inimigos sofisticados, porque não é contra carne ou sangue, eu sei, mas o que tem de gnósticos, ateus, e outros usados por satanás que conhecem a Bíblia aí fora... e se nós não conhecermos a Palavra de Deus mais que eles, é dar tiro no pé!
O escritor aos Hebreus diz que a Palavra é cortante como espada de dois gumes, corta na frente e corta atrás.
Se eu for muito empolgado no uso dela, eu posso até me ferir.

E 3º, A Palavra de Deus é a única espada que eu conheço que não se usa para matar! É uma arma que, se usada de forma correta, ela leva vida e não a morte!
Usar a Bíblia de forma correta é isso.
A finalidade dessa espada não é destruir nada, mas sim construir alguém melhor! Seja alguém que não a conheça, como até a nós mesmos. A palavra de Deus é uma arma, é uma espada que não se usa para matar... mas para dar vida! Amém!
Vamos lembrar-nos de alguém que usou a espada (literalmente) no momento errado, de forma errada, e contra a pessoa errada.
Vamos abrir em Mateus 26: 51 e 52:
E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote,
cortou-lhe uma orelha.
52 Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.
João 18:10 diz que era Pedro.
Não confundamos “lançar mão” com “largar mão”!
Lançar mão é aproveitar o recurso.
Largar mão é deixar de lado.
Isso é simples, mas nos ensina muito.
Se nós usarmos a Bíblia de forma inconseqüente, irresponsável e com a intenção verdadeira de ferir ou matar, nós seremos mortos através dela!
E aí, meu amado... só Jesus!
Só Jesus para consertar o erro que você cometeu. Se você usou a Palavra – que é espada – com intuito de ferir, só Ele pode reparar tal erro.
Pedro fere Malco, e Jesus vai e curou a orelha.

Testemunho - Eu fui uma pessoa ferida por pessoas que usaram mal a Palavra de Deus, e eu guardei tanto rancor, não por elas, mas pelo que eu fui doutrinado, mesmo fora da igreja, que o resultado foi que eu nunca quis saber de ser crente.
Eu estava ferido e assim fiquei durante anos da minha vida. Mas um dia Jesus veio e pronto!
Curou a minha ferida que outrora tinha sido aberta por pessoas que fizeram mau uso da Poderosa Palavra de Deus em mim. Aleluia!

O uso da Palavra de Deus é sempre para o bem: segundo 2Tm 3:16 e 17 –

16 - Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;
17 - para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.

Ou seja, está tudo muito bem amarrado (no bom sentido), amalgamado, unido, consolidado.
Fazer a obra é crer / crer em Jesus / Jesus é o verbo – a Palavra / a Palavra é espada / a espada se usa para educar e instruir / instruir para toda boa obra / aí volta tudo! É possível fazer a obra e usar a espada, e usar a espada fazendo a obra. É a mesma coisa!

E o uso da palavra ou da espada não tem nada a ver com experiência com Deus.
Nós podemos pensar: Mas a minha experiência com Jesus é imensa, eu já orei e “fulano” foi curado, eu fiz uma campanha e “beltrano” foi liberto... etc. Mas nunca se esqueçam da ordem dos fatos, Pedro teve uma experiência e tanto com Jesus. Pedro andou sobre as águas, mesmo que poucos passos, mas foi o único homem , além de Jesus, que conseguiu tal proeza. Mas mesmo assim usou mal a espada, quase pondo tudo a perder naquela hora, pois os que vieram prender Jesus podiam matar a todos, fazendo com que não houvesse Atos dos Apóstolos. Vejam que conseqüência terrível poderia ter o uso irresponsável da espada de Pedro.

Para concluir o pensamento da Palavra de Deus como espada, vamos usar a ilustração de um oficial das Forças Armadas.

Para ele, a espada representa não só a autoridade como também distinguir a vida militar.
            Seja na declaração de aspirante, nomeação ou promoção ao primeiro posto, ela lhe é entregue, como um símbolo material da autoridade e que deve ser usada na aplicação dos mais legítimos princípios da honra cultuados e praticados na carreira.

Vamos trocar a espada a que aqui se refere, pela Bíblia. E o militar, por nós.

            O espadim do cadete da Academia Militar das Agulhas Negras e a espada de oficial general, réplicas da espada invencível do Duque de Caxias, enaltecem a aplicação daqueles princípios e valores, dos quais se destacam a responsabilidade, competência, a bondade, a aplicação da justiça, o respeito e o amor á Pátria e a tudo que a ela diz respeito.

Quantos possuem espadas novinhas, brilhando, lustradas, algumas caríssimas e até importadas, mas as usam como símbolo apenas, como patuás, objetos de sorte e de desejo, e não correspondem à imagem do verdadeiro soldado: justo e bondoso.

            Caracteriza-se, portanto, não como um simbolismo puro, mas sim como um instrumento de exaltação do que existe de mais belo e puro na carreira do oficial: o uso da espada, ou da autoridade militar investida, para se cumprir os deveres e obrigações militares.
Vimos o valor que há nesse instrumento chamado espada. Trazendo para o nosso meio, eu pergunto: Será que estamos valorizando e tratando a Palavra de Deus, que tem valor incalculável para o homem, pelo menos, da mesma forma que esses militares?

Estaremos nós apenas carregando nossas espadas para expor que somos crentes? Será que estamos envergonhando nossas patentes e nossa Nação com nossas atitudes, através do mau uso da Palavra? E o pior: será que estamos envergonhando o nosso General? Ao invés de usar a Palavra para aumentar o nosso exército nós estamos lutando contra nós mesmos?



CONCLUINDO:

Fazer a Obra de Deus também é fazer o bom uso da espada, a arma que o próprio Senhor, comandante dos exércitos do céu, nos deixou.

Vamos ler novamente o versículo em Neemias:

NEEMIAS         4:17 - Os que estavam edificando o muro, e os carregadores que levavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com a outra segurava a sua arma;



Se aqueles homens em Neemias conseguiam fazer ambas as coisas juntas, por que nós não poderíamos fazer o mesmo?

O HOMEM QUE NÃO ABANDONA A ESPADA NO “FAZER” A OBRA ele deve:

1.    Se aderir ao exército de Deus;
2.    Construir uma Fé inabalável, acreditando no Poder do Nome de Jesus Cristo;
3.    Se comprometendo em expandir a igreja no céu;
4.    E último: Usar a Palavra de Deus não para ferir ou matar, mas para levar cura e vida a quem precisa.


Amém!

Alexandre Monsores de Assumpção
Setembro de 2011.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Como ovelhas, somos influenciáveis.



GÊNESIS 30:37 - Então tomou Jacó varas verdes de estoraque, de amendoeira e de plátano e, descascando nelas riscas brancas, descobriu o branco que nelas havia;

38 - e as varas que descascara pôs em frente dos rebanhos, nos cochos, isto é, nos bebedouros, onde os rebanhos bebiam; e conceberam quando vinham beber.


39 - Os rebanhos concebiam diante das varas, e as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas.



Não vou me ater à “simpatia” que Jacó fez para gerar matrizes de ovelhas malhadas. Mas sim nesta característica terrível que nós, ovelhas do Senhor, temos: a de que somos suscetíveis às influências.


Graças às influências de meu pai, eu me tornei um homem observador e apaixonado por enciclopédias diversas. E devido às influências de meu irmão mais velho, eu passei a amar o rock progressivo e o desenho artístico. Tenho um amigo que me ensinou e naturalmente me influenciou sobre a disciplina durante um ensaio e passagem de som para um show. E assim vai...


Na vida da ovelha não é diferente.


Somos influenciados não somente pelos irmãos ao lado, seus modos; pelos obreiros e seus serviços; pelo ministério de louvor e as canções entoadas; pela impostação dos pastores, mas somos principalmente (e precisamos ser sempre) influenciados pelo ESPÍRITO SANTO DE DEUS!


Existem referências ótimas para buscarmos ensinamento sobre o termo “influenciar”: Amós 3:3, Mateus 9:10, Romanos 12:02, etc. Mas repito, não vou me aprofundar e repetir o que aprendemos dos nossos líderes em suas maravilhosas pregações inspiradas por Deus sobre “como influenciar o mundo”.


Serei breve.


Por mais que tomemos da água do Manancial, por mais que nos alimentemos da poderosa Palavra de Deus, devemos vigiar a todo o momento e tomar cuidado com o que ouvimos e vemos.


Queremos ter lã branca, não é mesmo?


Queremos ser brancos mais que a neve, não é verdade?


Então para que correr o risco de olhar para o que não devemos olhar e tornar nossa lã listrada ou malhada e sucessivamente gerar ovelhas ou frutos listrados e malhados?


Lembremos sempre:



I JOÃO 2:16 - Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.


Não tem como beber água (como as ovelhas de Jacó), desfrutar do alimento (como as ovelhas de Jacó), olhando para outra coisa qualquer que me torne listrado, malhado, sujo... sem valor, comparado àquelas totalmente brancas.


Cuidado com a saidinha após o culto... Cuidado com a música que ouve após a consagração... Atenção com o site que entra depois da mini vigília...


Ovelha que procura saber quem foi eliminado no BBB é o fim! Irmãzinha que não pode perder os últimos capítulos da novela é um absurdo!


Depois não reclama que sua lã está listrada ou manchada, e o pior, seus frutos estão listrados e sujos...



Alexandre Monsores


06 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Dieta do Gafanhoto e Mel Silvestre.

MATEUS 3:4 – As vestes de João eram feitas de pêlos de camelo, e ele trazia um cinto de couro na cintura. Seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.


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Passando os olhos por esta passagem Bíblica eu não pude evitar certa análise.


Voltei várias vezes e falei com Deus, para que Ele me dissesse o que queria de mim na interpretação de Mateus 3:4.


João... deserto...roupa de pele de camelo... gafanhoto... mel... e por fim: preparar o Caminho do Senhor. Tanta coisa que parecia ser simples, mas havia uma profundidade e uma análise contextualizada do texto.


Veremos:


Primeiro. João foi confundido como “Cristo” e até o próprio Jesus afirmou que “dos nascidos de mulher, ninguém era maior que João Batista”.


Caramba! Isso é coisa pacas! Mas mesmo assim o intrépido e audacioso João disse que não seria digno de desatar as sandálias de Jesus, e mais, que ELE cresça, mas “eu” (João) não.


Esse é um dos maiores exemplos de humildade que eu conheço.


Então eu vejo relação entre a roupa humilde, a imagem humilde que corresponde à pessoa humilde.


Trazendo para nós: Não há como “preparar o caminho do Senhor” sem carregar a humildade genuína no coração.


Segundo. Morar no deserto significa passar calor e frio. Temperaturas altas (de cerca de 50 graus) e frio extremo (0 grau). Para nós: “Preparar o Caminho do Senhor” é passar por momentos inconstantes, momentos de altos e baixos, momentos de fervor e frieza espiritual... porém firmes.


Terceiro. Comer gafanhotos.


Bem, eu nunca comi um grilo sequer, muito menos gafanhoto, não venho de descendentes tailandeses. Porém, por mais que segundo Levítico 11:22 a dieta permitida por Deus ao povo de Israel continha gafanhotos, a imagem não é muito digerível e degustável.


A imagem que temos de gafanhotos é de serem animais terríveis. Temos a praga no Egito como exemplo, e mais, esse bichinho serviu de ilustração para um certo “exército” espiritual em Apocalipse cap.9. Ou seja... coisa boa não deve ser!


Pois bem, o Espírito de Deus me convida a pensar que DEUS TAMBÉM NOS ALIMENTA COM COISAS AMARGAS!


Sim, meu amado. Não pense que Deus aprimora o teu espírito ou alimenta a tua alma apenas com McDonald’s espiritual, com Porcão santo, ou quem sabe um dinner no Copacabana Palace celestial. Tem coisas difíceis de engolir, mas que nos fazem bem.


Então eu posso afirmar que: para “preparar o caminho do Senhor” também temos que nos alimentar e crescer com coisas amargas, com certas comidas com estética ruim, no entanto com alto valor nutricional.


Quarto e último. O melhor é agora. Finalmente a boa notícia.


Depois de mal vestidos, passar calor e frio, nos alimentar com insetos asquerosos... Deus nos dá mel silvestre!


Aleluia! O mel é sobretudo um produto natural puro, de riquíssimo valor nutritivo, é a fonte natural de bio-energia mais conhecida e complexa. Mel é também um meio curativo, tem efeito sobre todo o organismo, sendo calmante e desintoxicante.


Deus sabe de tudo absolutamente!


Queridos, venham comigo. Para “preparar o caminho do Senhor” é preciso ter energia! E ELE sabe disso! Deus adoça a nossa boca depois do sofrimento.


Amado, garanta isso e tenha a certeza de que, para anunciar a Salvação em Cristo e o Evangelho, você pode estar no deserto passando o pior aflito possível, mas chegará o momento em que O Senhor te dará mel. Mel para curar, fortificar... adoçar. Afinal, você está “preparando o caminho do Senhor” para a Sua volta!


E quem disse que isso seria fácil e gostoso de fazer?


Amém!






Alexandre Monsores


19 de janeiro de 2011

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A SIMPLICIDADE DE JESUS E A NOSSA COMPLEXIDADE.

Baseado em Lucas 24:13 a 32.


LUCAS 24:31 - Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram;

nisto ele desapareceu de diante deles.

 
LUCAS 24:32 - E disseram um para o outro: Porventura não se nos abrasava o coração,

quando pelo caminho nos falava, e quando nos abria as Escrituras?



Outro dia eu me perguntava: “Como evangelizar nos dias de hoje?”

Durante uma saída do Ministério de Louvor ADEQ, ao qual eu faço parte,

eu repeti esta pergunta aos demais músicos.

Algumas coisas nos vieram em mente:

Evangelizar usando ilustrações e exemplos em homens de Deus não funciona mais.

Simplesmente porque alguns homens chamados “de Deus” servem a Baal e testemunham

contra os princípios que Deus nos deu e verdadeiramente seria um tiro no próprio pé.

Evangelizar usando a igreja como casa de conforto e comunhão com o Senhor também

não adianta muito. Simplesmente porque hoje são catedrais ornadas a ouro, dólares e

cheques em branco. Então seria outro tiro no pé.

Caramba. Que enrascada!!!

Aí nos veio a idéia:

Evangelizar se faz com o evangelho (basicamente).

Tudo bem que Jesus está de Genesis a Apocalipse, e a Salvação se mostra tanto no AT

como no NT, mas uma coisa é óbvia, o Evangelho é Mateus, Marcos, Lucas e João.

Assim é muito mais fácil de cumprir com o “Ide” do que se “irmos” com Salmos, Coríntios,

Jeremias ou outro qualquer livro que não seja o Evangelho (MT,MC, LC e JO).

Mas não pára por aí. Alguns buscam tanta profundidade no evangelho

(mesmo que verdadeiramente tenha, e têm) que acabam complicando e embaralhando a

cabeça do pobre indivíduo que está nos ouvindo e sendo evangelizado.

Tem gente, pregador ou não, que tem um enorme talento de complicar as escrituras no

tocante ao “evangelizar”.

Pois bem, aí você me pergunta: O que isso tem a ver com Lucas 24?

Muito bem, como pode aqueles dois discípulos a caminho de Emaús não reconhecerem a

Jesus logo após os adventos?

No meio daquela viagem, o Mestre foi bem... digamos... técnico, pois “ abriu o verbo”

quanto à Palavra e Lei.

LUCAS 24:27 - E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que

dele se achava em todas as Escrituras.



Mas o mais curioso foi no final daquele dia.

Já em casa, assentados para descansarem e se alimentarem, foi após um ato simplório

que os dois discípulos reconhecem a Jesus. Partindo um pão!

Não precisava falar mais nada.

Jesus podia descer uma estrela, podia levitar aquela casa, podia multiplicar os pães e

os possíveis alimentos àquela mesa, tantas coisas mais complexas Jesus poderia ter feito

para convencê-los que ela o Filho de Deus e seu Messias. Mas não, ele preferiu partir um pão.

Amados irmãos, sigamos esse exemplo.

Não precisamos necessariamente usar de magia divina e fazer coisas mirabolantes aos

olhos humanos, não precisamos aprender grego e hebraico, explicar se Adão tinha

umbigo ou onde Noé colocou o pingüim e o urso polar na Arca, decorar versículos e

todas as edições e revisões existentes, pôr ouro nos dentes dos outros ou arrancar

miúdos de frango dizendo que é câncer, falar línguas estranhas e rodar igual pião...

quantos artifícios que fogem do verdadeiro evangelismo (João 3:16).

Precisamos ser mais simples.

Temos que ter atitudes simples como aquele partir do pão. Dar um sorriso,

uma visita a uma pessoa doente, dividir o pão, o arroz e feijão, e no meio disso tudo

citar as parábolas, as curas, o amor de Jesus e João 3:16.

Se o Mestre, mesmo depois de usar de sabedoria ao citar as escrituras,

também usou da simplicidade do partir de um pão, por que não seguir tal exemplo?

Nada contra os estudos bíblicos e teológicos, mas nunca nos esqueçamos dos simples

gestos que refletem Jesus em nós.

Como?

Imitemos a Jesus nas Suas atitudes. Simples!

Alexandre Monsores – novembro de 2010.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O LADO PREDILETO DE DEUS



Para qual lado Deus está nos direcionando a ir?


JOÃO 21: 04 a 06
“E, sendo já manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não reconheceram que era Jesus.
Disse-lhes, pois, Jesus: Filhos, tendes alguma coisa para comer? Responderam-lhe: Não.
E Ele lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis.
Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.”

INTRODUÇÃO
Em quantos momentos de nossa vida, momentos esses de completa angústia e sem aparente solução para determinados problemas, que nós necessitamos mais que nunca de uma palavra de Deus? Palavra esta que nos diga em qual direção ir ou quais atitudes tomar.
Mesmo que não O reconheçamos logo de início – assim como os discípulos naquela manhã – é possível que Deus esteja nos direcionando de forma e na direção corretas ao sucesso de nosso “caminhar” como cristãos.
Assim foi naquela manhã no Mar de Tiberíades. Jesus sabia que, mesmo com a experiência na prática da pesca daqueles homens do mar, eles, por não ter mais opção alguma, acatariam a ordem de um desconhecido – a princípio. Afinal de contas eles não tinham nada a perder, exatamente como nós em alguns momentos de nossas vidas.
E assim, o lado direito foi o lado em que estava a bênção para seus discípulos. Não se pode nem afirmar que eles foram obedientes ao Senhor, afinal de contas eles poderiam ter jogado a rede no lado esquerdo do barco, pois como ser obedientes a alguém que poderia ou não ser o seu Mestre?
Por que Jesus iria preferir orientá-los a jogar a rede para o lado direito? Seria puro acaso? Não; o acaso não existe para Deus! O que chamamos “coincidência”, Deus chama de “controle”.
Agora, será que o lado direito seria simplesmente o lado predileto do Senhor? Esta pergunta é feita devido ao número de ocasiões em que este lado – o direito – e suas analogias aparecem na Poderosa Palavra de Deus. Mas o que representariam os quatro lados, inicialmente os lados direito, esquerdo, o lado de trás e o da frente?
Vamos ver em qual lado o Senhor está nos direcionando ir hoje.


O LADO DIREITO

1. O lado direito representa “segurança”.

Em Êxodo Cap. 15:06 ( A Tua destra , Ó Senhor, é gloriosa em poder; a Tua destra, Ó Senhor, destroça o inimigo.)
Vimos nesse texto a confiança total em Deus, que acima de tudo desfaz os obstáculos e quebra barreiras, destroça o inimigo e zela pela justo. Basta confiarmos nEle.

Em Salmos 63:08 ( A minha alma se apega em Ti, a Tua destra me sustenta.)
Aqui nos atentamos a reconhecer a total dependência de Deus.


2. O lado direito representa, entre outras coisas, “domínio”.

Em Apocalipse 5:01 ( E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.)

O Senhor guarda com a sua mão direita o futuro que só pertence a Ele. O que podemos saber, segundo a própria Palavra, é que a igreja será resgatada, salva, livre da grande tribulação e que o Senhor tem total domínio e controle da situação, seja qual ela for.

Permaneçamos a Sua destra, sigamos para o lado direito que é o lado mais seguro, afinal, Estevão viu, cheio do Espírito Santo, que Jesus estava em pé à direita do Pai.
O Pai coloca o seu próprio Filho à direita.


O LADO ESQUERDO

1. O lado esquerdo representa o coração, terreno fértil onde Deus deposita Seus dons.

Em Êxodo 36: 1 e 2 ( Assim trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo homem sábio de coração a quem O Senhor dera sabedoria e inteligência, para saberem como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme tudo o que o Senhor tinha ordenado. Porque Moisés chamara Bezalel, e a Aoliabe, e a todo homem sábio de coração em cujo coração o Senhor tinha dado sabedoria, isto é, a todo aquele a quem seu coração movera que se chegasse à obra para fazê-la.)
O Senhor deposita em nossos corações os talentos necessários para fazer a Sua obra. Quem afirma que não há sabedoria em algumas decisões baseadas em nossos impulsos no coração, no tocante a fazer a obra de Deus, pode estar cometendo um ledo engano.


2. O lado esquerdo representa sensibilidade à voz do Espírito Santo.


Em 2 Coríntios 3:03 ( estando já manifestos como carta de Cristo, ministrada por nós, escrita não com tinta, mas pelo Espírito de Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.)
A Palavra de Deus nos deixa claro que nada adianta seguir a risca as condutas e doutrinas cristãs se não nos encontramos alegres em cumpri-las. É preciso que haja confirmação em nossos corações de que o que estamos fazendo, ou ir fazer, é o correto. O primeiro lugar onde confirma que a “ordem” que Deus nos dá, ou os passos que vamos seguir estão corretos, é no nosso coração.



O LADO DE TRÁS

1. Atrás significa “passado”.

Um visionário chamado John Walker foi o mentor dessa frase: “Não podemos caminhar se ficarmos no passado”. Tão marcante quanto seu significado, olhar adiante sempre é um desafio, quando se observa como as coisas funcionam no seu plano natural e aparentemente lógico. Essa frase faz mais sentido ainda, com outra, de Rick Warren: “O maior inimigo do nosso sucesso no futuro é o nosso sucesso no passado”.
Há aqueles que ficam presos ao passado devido a um trauma sofrido que nem imaginam o que é um futuro. Não conseguem enxergar o futuro e muito menos vislumbrar coisas maiores e melhores do que as que viveram. O passado se torna uma espécie de amigo. Quando nossa vida está “amarrada” com algo ou alguém, não caminhamos mais. Quando não liberamos o perdão a quem é devido, não caminhamos mais. Quando os sonhos parecem morrer, não vivemos mais.
O passado e o futuro me trazem a memória a Palavra de Deus: (Colossenses 1.13.) “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” Quando Deus nos tira das trevas e nos leva para a luz podemos ver o que há no fim do túnel e com certeza, não há razão de ficarmos presos ao passado. Deus quer que caminhemos sempre adiante, brilhando sempre na luz de Cristo.

Não há dúvidas que o que sofremos hoje é conseqüência de nossos atos no passado. Assim como os méritos e frutos colhidos dependem do que foi plantado no passado. Baseado nesse pensamento, o “hoje” é o passado de amanhã, isso significa que devemos ser prudentes no que fazer ou que atitudes tomar hoje!


2. O lado de trás representa também “arrepender-se”.


Em João 3:3-7 (Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.)
Sim, nascer de novo significa voltar ao passado, voltar a ser criança, para ser nova criatura.
Voltar atrás é perdoar e pedir perdão.
É sarar feridas ainda abertas.
Rever conceitos errados.
É saber dar a “ré” e buscar algum irmão que ficou no meio do caminho. É resgatar.
É voltar a ser criança.
É voltar ao primeiro amor!


O LADO DA FRENTE

1. À frente representa, entre tantas coisas, o “futuro”.

Em Provérbios 24:20 (porque o maligno não terá bom futuro, e a lâmpada dos perversos se apagará).
Mais uma vez A Palavra de Deus é bem clara quanto o resultado das nossas ações e comportamento hoje. O futuro para o ímpio é tão óbvio quanto o futuro do servo fiel.
Não devemos correr no momento de andar, assim como não devemos andar nos momentos de ficar parados. Há momentos que devemos esperar a soberana vontade e direcionamento de Deus.
Habacuque soube esperar o futuro que Deus tinha para o seu povo. Habacuque esperou louvando ao Senhor. Nós não temos nada a perder (ou temer). O justo vive pela fé.
“O futuro pertence a Deus” é mais que um dito popular. Sim, Deus nos orienta a esperar nEle, aguardar e confiar no Senhor.


2. À frente significa também “o óbvio” que não enxergamos.


Existe na cultura oriental uma “charada”:

_O que é que normalmente é feito de madeira, possui quatro pernas, encosto e serve pra sentar?”

Muitas mentes brilhantes procuram respostas absurdas e complexas para tão simples indagação.
A cadeira é a resposta óbvia!
O Evangelho é simples ao entendimento. Lamentavelmente muitos homens são extremamente talentosos em complicá-lo.
Há respostas de Deus que são tão óbvias, estão bem à nossa frente e mesmo assim não as enxergamos.
Em 2 Reis 6:17, Eliseu orou ao Senhor para que o moço que o acompanhava pudesse ver o que ele mesmo estava enxergando.
O Senhor abriu os olhos do moço e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.

Ter olhos de águia é assim, ter visão espiritual.
Isso se tem com intimidade. Intimidade com Deus!
Se você está buscando uma resposta profunda para um questionamento tão simples, ore a Deus. Pois o Senhor pode abrir os seus olhos para algo tão óbvio que você pode surpreender-se!


CONCLUSÃO

Por mais que uma bússola tenha tantos lados para se seguir, ela aponta sempre para o norte. Essa é a direção perfeita e mais segura – se colocarmos O Senhor como o nosso norte.
Jesus, que domina a ciência por trás da multiplicação dos pães e peixes, que controla as condições meteorológicas a ponto de parar uma tempestade. Jesus que sabe o efeito da mistura entre a Sua saliva e o calcário da Palestina, que juntos ativam suas propriedades químicas e regeneram células mortas do globo ótico... Meu Deus! Como esse mesmo Jesus não poderia controlar o simples passear de um cardume de peixes?
Passagens como estas alicerçam ainda mais a nossa convicção de que O Filho e o Pai são Um!
Justamente por causa desse domínio que Deus tem de todas – absolutamente todas – as situações, é que devemos confiar mais na direção em que Deus está nos orientando a ir, seja qual for o lado.
Se você achar que o lado predileto do Senhor é casualmente o direito, o mais racional, então vá! Ele está no controle e domina a situação.
Se você acha que Deus está te mandando seguir seus instintos, a sua emoção, confie de que é o Espírito Santo de Deus confirmando a direção exata em seu coração. Siga o lado esquerdo.
Se você voltar atrás, no intuito de concluir coisas que não terminou – ou terminou mal – então volte! Restaure algo que você destruiu no passado. Se achamos “construir” prazeroso, então reconstruir é prazer em dobro.
Mas se você acha que o Senhor está te mandando ir à frente, ótimo! Mire no alvo e vá. Se você acha que a resposta está óbvia, mas tão óbvia que é quase inacreditável... siga em frente. Não é à toa que Jesus se autodenominou “Caminho”, e esse caminho é para ser seguido a diante.
E finalmente: Qual é o lado predileto de Jesus?
Ao seu lado!


Alexandre Monsores de Assumpção
25 de outubro de 2010.

domingo, 24 de outubro de 2010

Jesus chorou



JOÃO 11:35 - Jesus chorou.


Nenhuma “pessoa”, nenhum personagem em toda a história da humanidade nos incita a tantos estudos e especulações como a “pessoa” de Jesus, O Cristo.
Não somente desde o seu surgimento enquanto homem, sua infância e adolescência, sua maturidade e emprego, além do ministério por parte do Pai.
O que há de tão enigmático e controverso nessa pessoa? Creio que muito já se foi dito, escrito, debatido sobre este tema. E como diz o Evangelho de João “ E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem” João 21:25.
Esse personagem que para muitos pode ser enigmático, surreal, intocável, inaceitável, ou quem sabe gente boa, um hippie no ano 30 da era cristã, um espírito evoluído é para nós o filho de Deus, um com Deus, o Cordeiro, o Leão, o Pão vivo que desceu do céu.
Esse Deus simplesmente se fez carne. O verbo se fez carne e nós afirmamos que Jesus é Deus, Criador do céu e da Terra, chama as estrelas pelo seu nome, sabe o que está do outro lado do buraco negro, conta com seus palmos a distância de uma borda do universo à outra. Operava milagres, e isso não era magia ou alquimia e sim, o próprio Deus operando.

Esse papo de que Jesus usou mais de 30% de sua capacidade mental, enquanto o homem normal usa no máximo 8% é engraçado. Não quero saber quantos por centos Jesus usou de sua capacidade cerebral, eu só sei que Ele usou-se de si mesmo, de seu Espírito Santo. Quisera eu poder usar 8% do Espírito Santo de Deus!
Desse homem que ao mesmo tempo em que é Cordeiro Ele é Leão, ao mesmo tempo que Ele é O Príncipe da Paz também é O Senhor da Guerra. O Alfa e o Ômega. Quem manifesta o Seu amor por nós na dor das chibatadas e cravado numa cruz.
Alguns esquecem que Jesus era normal, tinha dois pés, dois braços, não tinha antena e não era verde. JJ Benitez escreveu em um livro que Jesus era “extraterreno”, no intuito de afirmar que O Senhor não era deste planeta, ou melhor, do espaço chamado céu, paraíso. Além disso, não possuía as características outrora que possuía (possui) na glória, tais como onipotência, onisciência e onipresença. Apenas a presciência fazia parte de seu dia a dia.

Como pode? O criador do universo, onisciente, agora deitado numa manjedoura sem saber o que estava acontecendo ao seu redor?
Aquele que disse “haja” e abundou o mundo com mantimentos para o homem se manter e sobreviver, agora estava chorando pedindo o seio da mãe para amamentar?

Aquele que disse a Josué “Eu sou o Comandante do Exército de Deus” agora precisava da segurança de seu pai José.

Aquele que caminhou no calor da fornalha com Sadraque, Mesaque e Abednego agora precisava do calor dos braços de Maria e um pano grosso para se cobrir.

Quem nos sustenta com a Sua destra, simplesmente precisava de um colo.

Por que Deus se fez frágil neste mundo?
Simples como nós?

Porque Ele simplesmente quis habitar no meio de pessoas frágeis e simples como nós e poder ter a experiência de sofrer como nós, padecer como nós, ter fome e frio como nós... para que nunca possamos questionar que Deus não sabe – ou não conhece – nossos sofrimentos e experiências.


Sim, Jesus cresceu e Ele negou-se a tratar de quase tudo o que a filosofia e a teologia tratam com tanto afinco.

As desigualdades sociais foram todas reconhecidas, mas não se o vê armando qualquer ação popular contra elas.
Seus protestos eram todos ligados à perversão do coração, mas nunca se tornavam projeto político, ou passeatas, ou bandeiras.

Sobre a morte sua resposta foi a paz e a vida eterna. Jesus tira o poder da morte de matar.

Jamais tentou justificar o Pai de nada. Apenas disse que Ele é bom e justo.

A morte para Ele não era mesma coisa que é para nós. Morrer não era mal. Viver mal é que era mau.

Jesus Pregava a Palavra, e não tentava controlá-la.

Cita as Escrituras sem nenhuma preocupação com autores, contextos ou momentos históricos, assim como sua veracidade.

Esse era – E É – Jesus. Um homem que chora como nós choramos.

Jesus se compadeceu com a morte de seu amigo e a dor de sua família. Mas não é sobre a humanidade de Cristo que me atenho nesta interpretação, até mesmo porque seria profundo e um tanto antagônico falar de Jesus cem por cento homem e cem por cento Deus.
Eu quero aqui falar do testemunho silencioso de Lázaro.
Sim, silencioso. A bíblia não confirma nada que Lázaro poderia ter dito.
Aquele amigo de Jesus não tem nada, nenhum diálogo transcrito nas Escrituras.
Então por que esse homem me desperta tanto interesse em seu testemunho?
Não somente por ser amigo de Jesus, mas sim porque Jesus o amava tanto que, devido a sua morte, Jesus pranteou.
Em JOÃO 15:15 – “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” Jesus nos deixa claro que devemos nos aproximar dEle e ser recíprocos em sua fidelidade e amizade para conosco.
Mas que amigo é esse que, com sua morte, fez até Jesus chorar? Como Lázaro era importante para o Nazareno.
Primeiro quero deixar uma coisa bem clara: Não estou confirmando que Jesus amava mais a Lázaro que eu e você. Na verdade ele nos ama de forma igual. No entanto, será que eu e você correspondemos a esse amor da mesma forma e intensidade que Lázaro?

No mundo temos, pelo menos, dois exemplos de amizades e parcerias que deram muito certo: Toquinho e Vinícius na MPB e John Lennon e Paul McCartney nos Beatles.
Tudo bem que Toquinho é considerado um dos maiores violonistas brasileiros e a sua obra é bem diferenciada dos demais artistas no cenário da MPB, mas será que Toquinho seria tão bem aceito hoje em dia se nunca estivesse ao lado de Vinícius de Morais e a sua carreira estar tão diretamente ligada ao grande “poetinha” – como Vinícius é conhecido?
Quanto aos Beatles Lennon e McCartney não posso menosprezar A ou B, pois tanto um como o outro são igualmente respeitados e “adorados” e geniais, mas não é verdade que o seu baterista, Ringo Starr, só é o que acham que é por acompanhá-los em suas brilhantes carreiras? Ringo não era melhor que muitos bateristas de outras bandas daquela época, mas somente pelo fato de ser parte integrante da maior banda de todos os tempos e ser amigo de John, Paul e George Harrison, o tornou um dos maiores bateristas que conhecemos.

Na bíblia nós temos vários exemplos de boas amizades:
Gn.14:14-16 – Abrão e Ló;
Rt. 1:16-17 – Ruth e Noemi;
I Sm.18:1-4 – Davi e Jônatas;
Dn. 2:49 – Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.


Pois bem, seria insensato o fato de não aceitarmos pessoas que são amigos de nossos amigos. Ou seja, se há alguém que eu estimo, e esta pessoa é de bom caráter, índole e boa referência em suas atitudes, logicamente – e por solidariedade – alguém que ande do lado desta pessoa eu posso esperar o mesmo.
Em Amós 3:03 “Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” nós vimos como é importante observar as pessoas que acompanhamos e as que nos acompanham.

Se eu sei que meu vizinho é amigo de alguém que admiro, seja artista, músico, escritor, pastor, enfim... alguém de certa posição intelectual e bom caráter, imagino eu que meu vizinho seja também alguém que corresponde aos preceitos e predicados desta personalidade que admiro.
Se eu sei que o presidente Lula (apenas hipoteticamente) chorou a morte do meu vizinho, por conseqüência disso imagino como o meu vizinho devia ser querido pelo presidente da república.
Imaginem o próprio Jesus chorando a morte de alguém?
Imaginem a personalidade, a índole e moral que Lázaro deveria ter?
Que conceito este homem, que agora para mim soa como “brilhante”, Jesus devia ter dele?
Vejam o testemunho de vida deste amigo de Jesus mesmo sendo “calado” nas escrituras.

Sinceramente, se houvesse a possibilidade de escreverem uma versão Século XXI das Escrituras, e se nela estivesse a cena de Jesus chorando a minha morte... Aleluia! Eu nem iria querer nenhum diálogo meu escrito.
E nós? Será que estamos correspondendo a amizade de Jesus a ponto dEle chorar por nós?
Até que ponto estamos sendo amigos de Jesus Cristo? Afinal, amizade é uma relação de reciprocidade.

Mesmo que eu não deixe nada meu escrito ou gravado, mesmo que todos os meus pensamentos não saiam do vento e minhas palavras nunca cheguem a ser escritas... Nada disso me importa! Eu quero ser conhecido como “Amigo de Jesus Cristo”!

Alexandre Monsores
25 de outubro de 2010.




segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quão soberano Deus é?


Quão soberano Deus é?
Que controle Ele tem sobre todas as coisas?
Ele é absoluto. O gestor-mor.
Tão imenso e poderoso que chega a ser Eterno.
Tão humilde e amoroso conosco que chegou-nos como homem.
Mas não era somente Homem, era perfeito. Era Deus!
Nesse momento bilhões de galáxias estão sendo criadas, centenas de milhares de sóis encolheram e se tornaram anãs brancas, milhões de nebulosas são formadas e trilhões de buracos negros continuam a engolir tudo o que é matéria.
E Deus sabe, e gerencia, e domina, e “é bom”.
O “criar” do Senhor nunca termina, está tudo ainda sendo criado. Enquanto eu não morro Ele ainda está me formando aquilo que Ele deseja para mim.
Deus não só me formou e me fez nascer de minha mãe, Ele ainda não parou de me formar. Cada célula que cai de meu corpo através da minha pele ressecada, cada célula jovem que é colocada em lugar de outra... isso é criação!
O mais interessante é que para Deus não há diferença entre o suor de escorre em minha testa e o degelo no monte Everest. Entre os pelos de minha face quase imberbe e a grama que cresce nos milhões de hectares das planícies africanas após a época de chuva. Não há também diferença entre as unhas que eu corto e as placas de iceberg que se desprendem dos pólos e rumam à morte em meio ao oceano.
Enfim, enquanto aquela folha cai, e Deus sabe, um outro Big Bang ocorre... e Ele sabe e tem domínio igualmente sobre ambas as coisas.
O Senhor é o Deus do máximo e do mínimo, do ”terabyte” e da “nanotecnologia”, do infinitamente grande e do infinitamente eu (pequeno)
Deus é infinitamente soberano.