NEEMIAS
4:17.
NEEMIAS 4:17 - Os que estavam edificando o muro, e os
carregadores que levavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com
a outra segurava a sua arma;
O
livro de Neemias não é catalogado como biográfico, tampouco considerado
profético, mas sim, histórico. O que outrora era reconhecido como “O Segundo
livro de Esdras”, nos mostra a história desse simples homem e sua obra, um
copeiro do rei da Pérsia (que alguns acreditam até que fosse eunuco, mas isso
não nos importa). Essa história nos ensina tanto sobre logística, nos fala
sobre o poder da oração, nos fala sobre fé, sobre determinação, e tantas outras
coisas maravilhosas, da parte de Deus, que podemos tirar desse livro, o livro
de Neemias.
O
livro é rico em detalhes, e foi justamente devido a um pequeno detalhe que o
Espírito Santo me convida a meditar e compartilhar esses pensamentos com a
igreja nesta noite.
O
detalhe: o fato desses homens, os que edificaram o muro, os carregadores e até
os cidadãos comuns, vigilantes e armados, enquanto realizavam a obra.
E esse fato me incomodou
(intrigou) bastante: fazer a obra, e ainda armado.
E com a permissão de
Deus eu nominei essa mensagem de: O HOMEM QUE NÃO ABANDONA A ESPADA NO “FAZER”
A OBRA.
Primeiro, vamos
identificar o que seria “fazer a Obra”?
Não estou me referindo,
obviamente, a literalmente levantar um muro, construir o muro. Não que seja
demérito, mas, contextualizando, o que seria fazer a obra de Deus nos dias de
hoje.
Em JOÃO 6:28 e 29 a
multidão questiona Jesus... (abrir e ler).
O Mestre sabia que o
povo, mais cedo ou mais tarde, iria confundir o “fazer a obra” com “caminho
para a salvação”. Exatamente como muitas religiões (seitas) que pregam a obra
como exclusiva condição salvívica. Mas é um ledo engano, pois como diz a
Poderosa Palavra de Deus: Não somos salvos pelas obras, mas pela Graça (Efe.2:8
a 10)
Voltemos ao versículo em
João 6: 29 – Jesus respondeu e disse: A obra de Deus é esta: que creiais
naquele que Ele enviou.
E crendo
nesta forma, na sua totalidade de significado, no sentido mais completo e amplo
da palavra CRER, olha o que o próprio Jesus diz e nos confiou: (EU LEIO) JOÃO
14:12 - Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também
fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o
Pai.
Mas entendamos que CRER é a base da
resposta de Jesus à multidão, sobre o “fazer a Obra de Deus”. E para entender o
que é esse “crer” que Cristo nos responde, esse “crer” tão completo que
torna-nos capazes de fazer coisas que Ele mesmo fez e outras maiores, vamos
apelar para o dicionário Grego que nos dá 3 significados para a palavra CRER.
Assim como no inglês as palavras...
A palavra “PISTEOU” , CRER em grego, significa: 1. se filiar, aderir-se. 2. Crer, acreditar fielmente. e 3. Se comprometer.
Então, irmãos, se a multidão pergunta ao Mestre Jesus: “O que é fazer a
Obra?” e Jesus responde que é crer nEle. Isso significa que fazer a obra é se
aderir às idéias de Jesus, ter fé no poder do sangue que purifica e Nome que
cura e liberta; além de se comprometer em propagar a Sua Palavra e cumprir com
o que lhe é dado, visto que não devemos ser negligentes em enterrar o talento
que Deus nos dá, seja qual for esse talento.
Repetir: “Realizar a Obra de Deus é... se aderir a Jesus... ter Fé em
Jesus ... se comprometer com Jesus.
Mas nós servos do Deus Altíssimo, somos obreiros armados do Senhor!
Se estivermos fazendo a obra de Deus, o que dizer então da espada?
Poucos homens sabem lidar com a espada (1º) na hora certa, (2º) contra a
pessoa certa, e (3º) com a finalidade certa.
Aprendemos na Bíblia que a espada é a Palavra de Deus.
Mas infelizmente há crentes que cismam em desembainhar a Palavra em
momentos equivocados, a Bíblia não se desperdiça em momentos fúteis, em rodas
de debates infundáveis. Tem horas que a gente evangeliza melhor com a nossa
vida que no uso literal da Bíblia.
Os fariseus faziam isso melhor que ninguém, usando
seus filactérios e não viviam uma vida condizente. Hoje há pessoas com
filactérios nas línguas mas não são mansos, amorosos, que não se dominam
perdendo a temperança, etc.
Há momentos que devemos usar menos de ortodoxia e mais de ortopraxia (a
pureza da prática cristã), ou seja, falar menos e fazer mais.
(2º) Há aqueles que jogam a Bíblia na cara de todo mundo. Isso tem que
ser feito com sabedoria e não pode ser de qualquer jeito. Há mensagens que são
melhores expostas aos líderes, outras à mocidade, outras ao novo convertido,
etc.
E, além disso, o uso de uma boa arma depende também da forma como você a
conhece. Se eu sei que eu domino pouco aquela arma, eu vou usá-la de modo mais
simples.
Com a Palavra de Deus é a mesma coisa, irmãos!
Para usá-la de forma mais sofisticada, contra inimigos sofisticados,
porque não é contra carne ou sangue, eu sei, mas o que tem de gnósticos, ateus,
e outros usados por satanás que conhecem a Bíblia aí fora... e se nós não
conhecermos a Palavra de Deus mais que eles, é dar tiro no pé!
O escritor aos Hebreus diz que a Palavra é cortante como espada de dois
gumes, corta na frente e corta atrás.
Se eu for muito empolgado no uso dela, eu posso até me ferir.
E 3º, A Palavra de Deus é a única espada que eu conheço que não se usa
para matar! É uma arma que, se usada de forma correta, ela leva vida e não a
morte!
Usar a Bíblia de forma correta é isso.
A finalidade dessa espada não é destruir nada, mas sim construir alguém
melhor! Seja alguém que não a conheça, como até a nós mesmos. A palavra de Deus
é uma arma, é uma espada que não se usa para matar... mas para dar vida! Amém!
Vamos lembrar-nos de alguém que usou a espada (literalmente) no momento
errado, de forma errada, e contra a pessoa errada.
Vamos abrir em Mateus 26: 51 e 52:
E eis que um dos que estavam com Jesus,
estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote,
cortou-lhe uma orelha.
52 Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.
52 Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.
João 18:10 diz que era Pedro.
Não confundamos “lançar mão” com “largar mão”!
Lançar mão é aproveitar o recurso.
Largar mão é deixar de lado.
Isso é simples, mas nos ensina muito.
Se nós usarmos a Bíblia de forma inconseqüente, irresponsável e com a
intenção verdadeira de ferir ou matar, nós seremos mortos através dela!
E aí, meu amado... só Jesus!
Só Jesus para consertar o erro que você cometeu. Se você usou a Palavra
– que é espada – com intuito de ferir, só Ele pode reparar tal erro.
Pedro fere Malco, e Jesus vai e curou a orelha.
Testemunho - Eu fui uma pessoa ferida por pessoas que usaram mal a
Palavra de Deus, e eu guardei tanto rancor, não por elas, mas pelo que eu fui
doutrinado, mesmo fora da igreja, que o resultado foi que eu nunca quis saber
de ser crente.
Eu estava ferido e assim fiquei durante anos da minha vida. Mas um dia
Jesus veio e pronto!
Curou a minha ferida que outrora tinha sido aberta por pessoas que
fizeram mau uso da Poderosa Palavra de Deus em mim. Aleluia!
O uso da Palavra de Deus é sempre para o bem: segundo 2Tm 3:16 e 17 –
16 - Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar,
para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;
17 - para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado
para toda boa obra.
Ou seja, está tudo muito bem amarrado (no bom sentido), amalgamado,
unido, consolidado.
Fazer a obra é crer / crer em Jesus / Jesus é o verbo – a Palavra / a Palavra é espada / a espada se usa para educar e instruir / instruir para toda boa obra / aí volta
tudo! É possível fazer a obra e usar a espada, e usar a espada fazendo a obra.
É a mesma coisa!
E o uso da palavra ou da espada não tem nada a ver com experiência com
Deus.
Nós podemos pensar: Mas a minha experiência com Jesus é imensa, eu já
orei e “fulano” foi curado, eu fiz uma campanha e “beltrano” foi liberto...
etc. Mas nunca se esqueçam da ordem dos fatos, Pedro teve uma experiência e
tanto com Jesus. Pedro andou sobre as águas, mesmo que poucos passos, mas foi o
único homem , além de Jesus, que conseguiu tal proeza. Mas mesmo assim usou mal
a espada, quase pondo tudo a perder naquela hora, pois os que vieram prender
Jesus podiam matar a todos, fazendo com que não houvesse Atos dos Apóstolos.
Vejam que conseqüência terrível poderia ter o uso irresponsável da espada de
Pedro.
Para concluir o pensamento da
Palavra de Deus como espada, vamos usar a ilustração de um oficial das Forças
Armadas.
Para ele, a espada representa não
só a autoridade como também distinguir a vida militar.
Seja na declaração de aspirante,
nomeação ou promoção ao primeiro posto, ela lhe é entregue, como um símbolo
material da autoridade e que deve ser usada na aplicação dos mais legítimos
princípios da honra cultuados e praticados na carreira.
Vamos trocar a espada a que aqui
se refere, pela Bíblia. E o militar, por nós.
O espadim do cadete da Academia Militar das Agulhas Negras e a espada de oficial general, réplicas da espada invencível do Duque de Caxias, enaltecem a aplicação daqueles princípios e valores, dos quais se destacam a responsabilidade, competência, a bondade, a aplicação da justiça, o respeito e o amor á Pátria e a tudo que a ela diz respeito.
Quantos possuem espadas novinhas,
brilhando, lustradas, algumas caríssimas e até importadas, mas as usam como símbolo
apenas, como patuás, objetos de sorte e de desejo, e não correspondem à imagem
do verdadeiro soldado: justo e bondoso.
Caracteriza-se,
portanto, não como um simbolismo puro, mas sim como um instrumento de exaltação
do que existe de mais belo e puro na carreira do oficial: o uso da espada, ou
da autoridade militar investida, para se cumprir os deveres e obrigações
militares.
Vimos o valor
que há nesse instrumento chamado espada. Trazendo para o nosso meio, eu
pergunto: Será que estamos valorizando e tratando a Palavra de Deus, que tem
valor incalculável para o homem, pelo menos, da mesma forma que esses
militares?
Estaremos nós apenas carregando nossas espadas para expor que somos
crentes? Será que estamos envergonhando nossas patentes e nossa Nação com
nossas atitudes, através do mau uso da Palavra? E o pior: será que estamos
envergonhando o nosso General? Ao invés de usar a Palavra para aumentar o nosso
exército nós estamos lutando contra nós mesmos?
CONCLUINDO:
Fazer a Obra de Deus também é fazer o bom uso da espada, a arma que o
próprio Senhor, comandante dos exércitos do céu, nos deixou.
Vamos ler novamente o versículo em Neemias:
NEEMIAS 4:17 - Os que estavam edificando o muro, e os
carregadores que levavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com
a outra segurava a sua arma;
Se aqueles homens em Neemias conseguiam fazer ambas as coisas juntas,
por que nós não poderíamos fazer o mesmo?
O HOMEM QUE NÃO ABANDONA
A ESPADA NO “FAZER” A OBRA ele deve:
1.
Se aderir ao exército de Deus;
2.
Construir uma Fé inabalável, acreditando no Poder
do Nome de Jesus Cristo;
3.
Se comprometendo em expandir a igreja no céu;
4. E último:
Usar a Palavra de Deus não para ferir ou matar, mas para levar cura e vida a
quem precisa.
Amém!
Alexandre Monsores
de Assumpção
Setembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário