quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Talentos e as Sementes






Houve um dia que três servos receberam alguns talentos. Um cinco, outro dois, e o último recebeu um talento.

O talento era uma unidade da antiga Mesopotâmia para grandes quantidades de massa, sendo criada na Suméria, e consolidada por volta do Século XXIII a.C. Foi usado em toda a Antiguidade com poucas variações de peso: Grécia, Roma, Egito, Israel, Babilônia, Suméria e Acádia. O talento já era usado na mesopotâmia e em Israel, mas foi a partir da introdução do talento na Grécia Antiga e posterior adaptação para o sistema romano, é que essa unidade se disseminou para o mundo mediterrâneo.

Um talento grego, também chamado ático, pesava 26 kg ; um talento romano pesava 32,3 kg; o egípcio 27 kg. Na Babilônia eram usados dois tipos de talentos: um chamado "leve", com 30,3 kg, e o outro chamado "pesado", com 60,6 kg. Israel antiga, e outros países levantinos, de início adotaram o talento babilônico, mas posteriormente revisaram a massa. O talento usado nos tempos do Novo Testamento pesava 58,9 kg. Os hebreus chamavam o talento de kikkar.

Embora haja alguma discordância acadêmica sobre o tamanho exato da unidade. Apesar de um talento poder medir qualquer coisa, quando utilizado sem qualificação entende-se que se refere a prata como uma unidade monetária (Talento/moeda) no valor de cerca de 6.000 denários. Uma vez que um denário era o pagamento usual para um dia de trabalho, um talento equivalia aproximadamente ao valor de vinte anos de trabalho de uma pessoa comum.

Sendo assim, era algo muito valioso o que esses homens tinham em mãos.

Todos conhecem bem o resultado dessa parábola, o ensinamento sobre ela.

Mas algumas coisas ainda ficam à mente, no tocante ao último servo imprudente e covarde: ele ENTERROU o seu talento. Este louco imaginou que brotaria? Claro que não!

Mas ajudados por este insensato, troquemos os talentos por sementes. Cada qual de uma espécie de planta diferente.

Sempre transferimos os talentos “moedas” para os talentos “dons”, sejam eles de homilética, cantar, dançar, lecionar, enfim... qualquer trabalho que O Senhor tenha te abençoado para expandir o Reino de Deus na terra dos homens.

Reparem, são talentos diferentes...logo, sementes diferentes.

Cada qual depende de terras próprias para se plantar, a irrigação é diferente, o tempo de colheita é diferente, algumas precisam de medicação e proteção, outras nem tanto... e por aí vai.

A alface, por exemplo, A alface é uma das hortaliças mais conhecidas e mais cultivadas no mundo, e que tem um grande número de cultivares, que variam principalmente na forma, cor e textura das folhas, havendo inclusive alfaces que são cultivadas para o consumo dos seus compridos e grossos caules.

A temperatura ideal para cultivar alface se situa entre 10°C e 24°C, embora existam cultivares que toleram temperaturas mais altas e outros que toleram temperaturas mais baixas. Altas temperaturas podem induzir um florescimento precoce.

A alface deve ser irrigada com frequência para manter o solo úmido, mas sem que o solo permaneça encharcado.

Já o coqueiro se desenvolve bem em locais com boa distribuição de chuvas no ano, onde predomina clima quente e alta luminosidade, mas à medida que o coqueiro cresce, a planta passa a exigir mais adubos, e só a partir do terceiro ano de plantação inicia o retorno dos investimentos. Não é tão rápido como a alface.

Acabamos de perceber que, de acordo com o talento/semente que recebemos, temos que reconhecer que ele tem seu trato, seu tempo para ser desenvolvido e assim, o tempo para gerar frutos ou granjeá-lo.

Não é porque Deus te “disse” que você recebeu um talento, que amanhã você já irá ter que colher.

Quando você receber um talento:

1. Reconheça que foi o Senhor que te deu;

2. Estude sobre como desenvolvê-lo;

3. Verifique em quais terras você irá plantá-lo; nem sempre o melhor lugar para plantar é próximo de sua casa;

4. Verifique se você não o está irrigando demais, encharcando, expondo-o ao sol demasiadamente;

5. Vigie se ele está protegido de predadores, passarinhos, insetos, ou até mesmo crianças que possam quebrar a inocente muda;

6. Granjeie com sabedoria, pois ele pode gerar um cacho cheio de novas frutas, ou ser como um abacaxi, que dá somente um único fruto como resposta de tanto trabalho no plantio.

7. Seja paciente!


 Alexandre Monsores / Set/2014