sábado, 5 de dezembro de 2009

A SABEDORIA DE PAULO



Baseado em
I Coríntios, Cap. 2, vers. 01

E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não com sublimidade de palavras ou de sabedoria.

Partindo do princípio que a sabedoria humana e a Palavra da Cruz são coisas opostas, aqui temos Paulo se eximindo dos argumentos da carne e se inspirando na Sabedoria de Espírito Santo.
Não que o seguinte pensamento seja imoral, mas existe o fato de, quando a Palavra de Deus é levada a um povo mais humilde (no sentido intelectualizado) a procura e o uso de argumentos e termos mais rebuscados se tornam inúteis. Não que tais ouvintes não sejam merecedores, mas porque pode vir a passar a impressão de um pregador de autoridade soberba e vaidosa.
Quanto ao povo de Corinto, que fazia parte de um elo entre culturas, línguas, moedas e filosofias, não adiantaria ser sublime em sabedoria humana. Quem estuda a palavra de Deus sabe que há sabedoria na simplicidade. Cito o próprio Jesus como exemplo, com suas parábolas ricas de pureza, objetivo e profundidade.
Para nós, teologia, escatologia, história e todas as “ciências” que envolvem os estudos sobre a Palavra de Deus nada são se não forem inspirados pelo Seu Santo Espírito.
Entre filósofos e matemáticos basta decorar teses mais recentes ou encontrar frases feitas e formulas de estatística para “provar” (ou não) a existência de uma sabedoria superior, que não seja aquela de Steven Spilberg ou Carl Sagan, ou fotografada em Alfa Centauro pelo telescópio Hubble. Simples!
Mas entre o povo separado... entre “crente”... é mais difícil.
Para pessoas sedentas da Palavra, ricas em inspiração e dons espirituais, não há nada a fazer se não orar e buscar sabedoria do Alto!
Veja bem: Um vaso cheio de sabedoria humana tem cheiro de tinta ou verniz caro. Mas um vaso cheio do Espírito pode até ser fosco por fora, mas tem cheiro de azeite fresco!
O caráter da pregação de Paulo em Corinto é assim: vazio de argumentos perfeitamente categorizados e/ou acadêmicos.
Não que não os soubesse, mas Paulo priorizou ser cheio de sabedoria Divina.
O uso (se é esse o termo que posso usar) dessa sabedoria do Alto faz com que Paulo alcance os mais nobres pensadores de Corinto até os mais simples cidadãos.
E não pára por aí, no mundo moderno há Pasteur, Isaac Newton que disse: “Há mais indícios seguros da autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana”, e até mesmo Albert Einstein quando afirmou: ”Deus não joga dados”, que servem como intelectuais evangelizados, até eu e você, meros escutadores da Palavra com Q.I. de valor básico. Todos impactados pela sabedoria de Deus através de Paulo.
Não vale à pena pregar o anti-intelectualismo, mas os evangélicos sempre foram marginalizados, estereotipados como pessoas de baixo intelecto por não concordarem com certos aspectos físicos, químicos, matemáticos e históricos.
O que nos convém, afinal?
O que a sociedade esquece é que desde o século XVII, pessoas altamente intelectualizadas, educadas, fundadoras de universidades, comprometidas com a ciência, filosofia e outras matérias extra-bíblicas também são pastores evangélicos.
É justamente esta sabedoria que Paulo se nega a carregar, a científica e filosófica. A mesma citada no livro de Jó. A vã sabedoria.
Mas para nós, aprendizes de pregadores, o que nos importa não é tanto a sabedoria de Deus para falar e pregar (ensinar) a Palavra, mas sim, fundamentalmente e primeiro, a sabedoria do Alto para ouvir e aprender.
Esvaziemo-nos da sabedoria humana.
Enchemo-nos da sabedoria de Deus.
Eu quero cheirar a azeite... E você?


Alex Monsores

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