quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O BARQUINHO DE PAPEL




A Bíblia é perfeita.
Em tantos momentos a Palavra de Deus ilustra de várias e brilhantes maneiras a nós “crentes”.

Aos olhos do Senhor somos vaso, ovelhas, árvores, ramos de videira, somos luz e sal... Enfim, belíssimas ilustrações que Deus faz sobre nós para representar as formas como ele lida conosco.
Uma figura que poderia entrar na Bíblica (sem heresia, por favor) é de que somos um Barquinho de Papel.
Frágeis.
Confeccionados pela mão do Artista Maior – O dono de Todas as Artes.
Postos cuidadosamente numa nascente rasa e clara.
O início de tudo, quando a água é cristalina.
Naturalmente durante o curso da nascente, que agora é um pequeno riacho, alguns gravetos e pequenos galhos cruzam as margens. 

Mas o bravo barquinho de papel não se deixa ser agarrado, pois a corrente d’água (que representa o Espírito Santo) sabe guiá-lo e levá-lo em segurança.
Agora o riacho é um largo e fundo rio.
O que eram galhos agora são troncos que penetram da margem até o fundo, muitas das vezes obstruem de tal forma que o barco tem que passar por baixo ou até mergulhar sob os obstáculos.
Então vem as pedras. 

A corredeira é violenta e o barquinho mal pode se sustentar. 
O papel está encharcado e algumas partes rasgadas. 
O barco olha para a margem e pensa em desistir da dura jornada. Só que a margem é barrenta e pode segurá-lo e talvez nunca mais possa sair.
Pela primeira vez ele repara que não tem motor e que realmente precisa ser levado pelo fiel fluxo d’água. 

Só cabe a ele deixar se levar e olhar pra cima.
Sim. Há um céu sobre ele!
O barco relaxa.
O tempo passa, o estrago não foi tão grande assim.

Certa hora o barquinho de papel vai tão devagar que quase para.
O rio está largo, tanto que as margens mal podem ser avistadas ao longe.
Alguns bancos de areia passam bem abaixo do barquinho e por pouco agarram em seu fundo. 

Temos que ter cuidado. 
Pois é triste quando vemos outros barcos no rio que se encontram encalhados. 
Eles, pobres barcos de papel, não saíram do rio, mas estão mortos, estagnados, agarrados pelos fundos e não podem mais sair e seguir rumo ao Oceano que lhes espera.
O nosso barquinho reparou que eles só encalharam porque estavam muito pesados. É claro!
Tais barquinhos não eram só de papel. 

Sobre eles havia jóias, ouro, moedas de prata, gordura. Eles ficaram tão pesados, mas tão pesados, que foram pegos pelos bancos de areia.
São muitos ao redor do nosso barco de papel...
Tristes, parados... Milionários barcos.
E o nosso barco de papel se mantém no curso. 

É melhor permanecer assim, humilde, pois sei que todo ouro e toda prata não está no rio, mas sim no eterno oceano que me aguarda.

Fui feito de papel e de papel me manterei até chegar o fim.
Valeu à pena as margens traiçoeiras, as corredeiras bravias, os bancos de areia quase invisíveis, mas o barco já pode ver a sua frente o Eterno Oceano ao qual nunca mais sairá.
Afinal, o rio não sobe nunca, Ele leva ao Oceano. 

O Espírito Santo nos leva a Deus através de Jesus – O Caminho .
Sejamos como esse bravo barquinho de papel.
Perseverantes.

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