E
Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado
Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram
pescadores;
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.··.
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.··.
Ah, Jesus... Sempre com suas metáforas!
Iniciando o Seu ministério “terreno”, saindo sendo rejeitado
de Nazaré, foi para a Galileia. E lá chegando, não tardou a iniciar o seu
processo de escolha de seus discípulos: Homens que haveriam de segui-lo,
aprender com Ele, e imitá-lo expandindo o Reino de Deus e O anunciando por essa
terra de trevas a homens perdidos.
Nesta passagem, Jesus se depara
com quatro homens: Pedro, André, Tiago e João. Pescadores de carreira e
herança.
Mas o “mistério” estaria na sua
sentença, algo que é tão simples e enigmático mutuamente: Afinal, eles se tornariam “pescadores
de homens” .
Aí você pensa na cena... Homens
fisgados no anzol, ou embaralhados e agarrados numa rede ou tarrafa... Hilário
ou surrealmente dramático?
Pois bem... Aqui vai então uma breve reflexão.
Não sou técnico em pescaria,
muito menos um grande praticante, mesmo a título de lazer. Mas meu pai pescava,
seus irmãos, meus irmãos e alguns amigos ainda pescam. Não é difícil observar
algumas coisas.
1. A
preparação dias antes da grande pescaria.
Devido ao “tipo” de pescaria que
faça, é necessário um preparo prévio do material, se algo está enferrujado, quebrado,
emperrado. Se a isca está própria para o uso, se o tempo vai estar bom e se
haverá cuidado com protetor solar ou capa de chuva. Se a minha técnica está
apurada e se conheço bem o caminho até chegar ao lugar próprio para tal pesca.
Agora pense... Transfira isso
para a “pregação do evangelho”. Será que estamos praticando com o mesmo afinco
e zelo como em uma pescaria de peixes?
É muito importante o preparo à
base de orações, estudo da Palavra, homilética etc. Caso contrário será uma
viagem frustrada. E o pior, na volta, você não poderá passar na peixaria (ou igreja) e
comprar um homem para provar a sua família que você obteve sucesso na tal
pesca.
2. Qual
“isca” você vai usar?
Não pensem que usei esse termo
(isca) de forma pejorativa, por favor...
Mas no intuito de dizer a você
que, é o Espírito santo que nos orienta a usar a PALAVRA CERTA.
Pode haver um peixe faminto por
palavras teológicas fraudadas, algum baiacu inchado e incomodado espinhosamente
aguardando algo que não o alimente de fato. Mas pode haver um peixe raro à
espera de um simples miolo de pão jogado na água.
Pode haver um peixinho à espera
de uma simples e gratuita minhoca. Mas pode haver um enorme Mero aguardando uma
longa mensagem.
O que importa é que, no preparo
anterior, Deus irá te direcionar na isca a ser usada... Mas o peixe é ELE também
quem traz.
Evite sempre usar iscas
artificiais... Essas não servem! Nem as mortas. A isca é a Bíblia, e ela é A
Palavra Viva, a Isca VIVA!
3. O
material corresponde ao peixe a ser pescado.
Sim... Como não?
Um magro caniço de bambu, amarrado
a um nylon fino com um anzol “mosquito” na ponta... Isso é coisa para crianças!
Divertido e ingênuo entretenimento para neófitos, e não para grandes
pregadores! Você estará levando o Evangelho e não passando o tempo se divertindo!
Uma vara profissional, bem
dominada; fio de metal para batalhas longas a fio; preparo físico e espiritual;
e por fim, o local a ser vasculhado.
4. Para
concluir, pense na pescaria à margem de um rio ou praia. Você terá apenas uns
metros e saiba que o peixe é de superfície. Mas não desvaloriza tal pesca,
afinal terás que ter paciência da mesma forma que em águas profundas. Mesmo que
“dê pé”, você pode usar uma tarrafa, e esta, com maior probabilidade de
capturar um maior número de peixes, mesmo que menores. Mas não subestime e
desqualifique esses peixes, eles são os que DEUS te enviou a pescar.
Quando estiver usando uma rede de arrasto, peça ajuda. Afinal você não conseguirá sozinho, junte amigos pescadores de homens.
Quando estiver usando uma rede de arrasto, peça ajuda. Afinal você não conseguirá sozinho, junte amigos pescadores de homens.
Se você for de
barco a águas mais fundas ou mar aberto, poderá jogar a rede como certa vez os
discípulos de Cristo fizeram, e o resultado ainda poderá ser o mesmo: Sucesso! Mas
desde que direcionados por Jesus em qual lado jogar. Mas lembre-se da rede não
estar furada ou rasgada, talvez pela experiência ou velhice, ou mesmo descaso
com o teu material de pesca.
Você ainda
está neste barco, em águas profundas, mas você resolve mergulhar e usar um
perfurante arpão ou arbalete. Saiba que apenas pegará um peixe a cada mergulho.
Você irá vasculhar tocas, terá que estar vestido com roupa de neoprene,
preparado contra o frio e escuridão das profundezas do mar sem fim. E lembre-se:
Terás que ter muito fôlego para tal aventura. E o fôlego, ar, sopro... Você sabe o
que é? O Pneuma Espírito Santo cheio
em seus pulmões! Ou leve um tanque de oxigênio, exatamente como as virgens zelosas que guardaram o seu azeite na chagada do noivo.
A Bíblia tem
exemplos de excelentes pescarias: Pedro jogou uma rede e trouxe quase 3 mil
homens. E Jesus, em sua profunda, técnica, preparada e produtiva pescaria, nos
trouxe apenas um peixe, no entanto, caro, grande e raro, chamado Nicodemos!
Boa
pescaria... Mesmo que você ainda seja um peixe!
E se você for fisgado um dia, você automaticamente se tornará um pescador.
E se você for fisgado um dia, você automaticamente se tornará um pescador.
Alexandre Monsores – novembro de 2014.
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