quinta-feira, 23 de outubro de 2014

NUVENS DUARTES e SUAS CHUVAS



João 3:8
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

Mistério!
O vento que não se vê, apenas se enxergam as suas ações.
O vento traz frescor, traz poeira, traz folhagens, traz sementes, o vento poliniza, o vento derruba castelos de areia, o vento molda penhascos, o vento canta, o vento muda histórias...

Mistério!
Um dia o vento nos trouxe uma nuvem.
Parecia pequena, chegou devagar, mas chegou.
Esta nuvem estava cheia d’água e estava pronta pra irrigar a terra seca e molhar pessoas, mas cada qual tinha que receber a dose certa de chuva.

A nuvem nos deu a Orvalho Emily, discreta, doce, com frescor matinal.
A Orvalho sorria, mostrava as covinhas do riso alegre, e todos, absolutamente todos que acordavam mais cedo viam que o Orvalho Emily refletia a luz do Poderoso Sol.
Quem olhava a Orvalho, via sua gotas da grama a brilhar, que mais  pareciam milhões de diamantes.
E a Orvalho Emily dizia: “eu sou diamante de Deus!”.

A nuvem nos deu uma chuva de verão, aquela acompanhada de um sopro que canta.
A Chuva Nathalye vem ao longe cantando, a poderosa voz anuncia o quanto ela vai molhar.
O povo ouvia o cantar da chuva Nathalye e se surpreendia com o poder daquela chuva, mesmo breve e pequena, mas elas acabavam rindo, chorando, admirando, adorando ao Deus da chuva... e muitos foram batizados através dela.

Aí chegou um longo chuvisco.
Pequenas e doces gotículas que dançavam com uma brisa leve.
A Chuvisco Rose é insistente, vinha de dia, a tarde e a noite.
As ruas agradeciam a Rose, pois fazia abaixar a poeira. A tal chuvisco trazia ternura, trazia um confortável frio, a Chuvisco Rose nos dava inspiração de estar debaixo de uma coberta, com cappuccino (ou chimarrão) e acompanhado de um grande amor.
Muitos não a percebiam, mas por estar mais tempo a irrigar, riachos e ribeiros se formaram por causa da Chuvisco Rose.

Mas o que mais impressionava era a tempestade que a nuvem nos deu: A Tempestade Daniel.
Muralhas caíam com o seu furor.
A voz da tempestade era grave, mas ao mesmo tempo limpava a sujeira de quem era surpreendido por ela. A tempestade arrancava o lodo, o barro nas barras da calça e as pessoas aprendiam com o que a tempestade ensinava.
Vez em quando a tempestade Daniel nos dava granizo... mas as crianças brincavam com o gelo. A tempestade brincava com as crianças, imitava outras vozes, fazia bonecos e se divertia com elas.
Algumas vezes as gotas da tempestade eram quentes, na verdade porque eram gotas de choro, eram lágrimas de tanto chorar pelos outros, pelos povos, pelas cidades em que visitava. Mas só os mais íntimos da tempestade sabiam que tais gotas eram lágrimas.

Mistério!
Veio de novo o Vento, aquele que ninguém sabe de onde veio e para onde vai... e nos leva a nuvem novamente para outras paragens.
Outros chorarão e serão lavados, ouvirão seus cânticos, serão irrigados de leve e verão o frescor que a nuvem nos dava.
Mas não invejo tal povo... a nuvem é de Deus, o Vento é O Espírito, e se Ele sopra, a nuvem obedece.

Beijos meus amigos Duartes: Daniel, Rose, Nathalye e Emily. Vocês fazem parte de nossa história.


Alexandre Monsores – Out/2014

Um comentário:

  1. Que o Vento um dia faça essa nuvem voltar, nem que seja só para um refresco de ar puro...

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