Para meus amigos de outras
línguas e países que visitam este blog, cabe a mim esclarecer este termo: "Meia-Boca"
Adjetivo para designar algo mais ou menos.
Que não é tão bom, nem muito ruim.
Algo intermediário.
Que não é tão bom, nem muito ruim.
Algo intermediário.
Bem, em dias de violências
verbais, intelectos e brios feridos com o desgaste de conflitos de opiniões
sobre diversos assuntos, vim convidar a você refletir sobre um pensamento que
há muito tem me incomodado.
Não que o incômodo seja ruim por
completo, mas ele também nos faz sair do lugar, mexer ou remexer um pouco ou
bastante, mudar rotas, levantar, refletir...
Os embates, outrora em rodinhas nas
esquinas, nas varandas ou em partidas de War,
agora são em redes sociais, que como toda e qualquer rede, pode aprisionar algo
ou alguém. E nesta rede, muitos insetos, como mariposa alucinadamente
hipnotizada a caminho da mortal lâmpada que a fulminará, estão agarrados pelos
olhos na retangular tela à sua frente, seja numa widescreen gigante ou na palma da mão com um chinês smartphone.
Separo aqui apenas um embate visceral:
O Cristão na sociedade e a sua posição diante dos problemas - Calar ou Combater?
Primeiro vamos a simples definição
de "Cristão":
Cristão é todo o indivíduo que
adere ao Cristianismo, uma religião monoteísta abraâmica centrada na vida e nos
ensinamentos de Jesus de Nazaré, e que foi profetizada na Bíblia
Hebraica/Antigo Testamento. Além disso
os cristãos também dão ênfase aos ensinamentos de Jesus, que acreditam ser o
Filho de Deus, como o respeito aos Dez mandamentos, a forma como Jesus
interpreta a Lei do Amor: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração,
e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." E o segundo, semelhante
a este, é: Amarás o teu próximo como a
ti mesmo."(Mateus 22:37-39) e o estudo dos ensinamentos de Cristo contidos
nos Evangelhos do Novo Testamento. Existem aproximadamente 2 bilhões de
cristãos no mundo de hoje.
Mas, basicamente, logo no início
do então movimento batizado por Cristianismo, muito cedo seguidores de Jesus
realmente não tinham nenhum "nome" para si próprios e um adversário
aparentemente foi a primeira pessoa a usar a palavra "cristão" para
se referir a eles. Muito mais como um mal apelido jocoso, que por verdadeiramente
uma saudável característica.
Sendo assim, Cristão é, por
definição já mostrada, os que ensinam e vivem por amostragem todo o ensinamento
de Jesus, usando como base os textos bíblicos.
Assim também entramos em um outro
agravante pensar: Não existe cristão absoluto que não crê em Cristo, não existe
cristão absoluto que não crê na Bíblia, onde estão suas doutrinas.
Reparem na palavra
"absoluto".
Pois bem... Aqui é que começam a
aproximar-se "CRISTÃO" e "MEIA-BOCA".
Pergunto eu: você se identifica
com isso?
Segundo.
Se você se enquadra naqueles que
creem 100% em Jesus e nas Escrituras chamadas Sagradas, a Bíblia, então vamos
ver como você reage às tribulações políticas e sociais de seu mundo, e como
propaga o evangelho transformador do homem, este que muda seu comportamento
junto a sua rua, rua que muda seu bairro, bairro que muda sua cidade, cidade
que muda sua sociedade e país.
Como paradigma, olhemos para Ele,
Jesus, e o que nos ensina sobre tudo isso. Mas não vou me limitar a citar
apenas textos dos 4 Evangelhos, afinal, TODA a Bíblia É CRISTO!
I. Jesus não veio para
os cristãos, Ele veio para o mundo.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.
Bem, aqui está claro que Deus não
enviou O Seu Filho para certo grupo de pessoas, mas para todos; sejam gnósticos,
ateus, umbandistas, espíritas, nazistas, fundamentalistas, artistas,
intelectuais, especiais, cegos, surdos, libertinos, drogados, ébrios, prostitutas,
homossexuais, livres e prisioneiros, americanos, brasileiros, japoneses... absolutamente
todos!
Outra análise deste pequeno
versículo, está na palavra "CRER", do verbo no original em grego
PISTEUO, assim como o DO e GET no inglês, tem 3 definições: CRER
(acreditar), FILIAR (como em qualquer partido político ao qual vc se
identifique) e por último, COMPROMETER, ou seja... não basta ACREDITAR em
Jesus, não basta ser SIMPÁTICO as suas ideologias e se filiar a este partido
chamado Cristianismo... mas principalmente "vestir a camisa", fazer
boca de urna, entregar panfletos, propagá-lo nas ruas, etc... Se COMPROMETER
com a vida, ideologia e crença deste Partido chamado CRISTO.
O que há na Bíblia, não trata
apenas do comportamento de pequeno ou isolado grupo, mas para toda a humanidade;
e nós, Cristãos, absorvemos e pegamos como doutrina diária.
A Bíblia e as palavras ditas por
Cristo não diz respeito a mim, mas a nós todos! Ou você as capta para viver com
elas, ou não. O fato é, ser meia-boca não dá pra ser!
II. Não é Cristão
apenas aquele que pratica o bem.
Como vimos anteriormente, o
"trinômio" CRER/FILIAR/COMPROMETER precisa existir.
Muitos apenas fazem o bem, mas
não creem que Jesus É Deus, logo, não são Cristãos.. apenas possuem princípios,
e "princípio" não é totalidade.
Mas dizem: " A fé sem obras
é morta"!
"Só a fé salva ou precisa
também da obra?" pergunta frequente em muitos papos teológicos, de ontem e
de sempre... Tiago e Paulo sempre abriram uma discussão sobre FÉ e OBRAS...
Ambos dizem coisas antagônicas, a princípio... Mas tirando a opinião desses
dois brilhantes personagens bíblicos, vamos na opinião do Mestre, Jesus... Vamos
ver o que Ele mesmo diz?
Disseram-lhe, pois: Que faremos para
executarmos as
obras de Deus?
Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é
esta:
Que creiais naquele que ele enviou.
João 6:28-29
É... novamente Jesus nos coloca
em uma "sinuca": FÉ em Deus É OBRA!
Não se faz a verdadeira obra,
segundo o próprio ensinamento de Jesus, sem crer em Deus. E crer em Deus nos
dias de hoje é exercício forte da FÉ!
III. Jesus e a Bíblia
sobre a corrupção.
No Brasil, até um tempo atrás,
corrupção era vista como coisa normal; não havia tanta tensão sobre o assunto.
Alguns aceitavam, de forma pragmática, o suborno sendo visto como um pouco mais
do que “um jeito diferente de fazer negócios”. Outros apenas faziam “vista
grossa”.
Existe, é verdade, essa cultura
do “jeitinho”, da malandragem como parte da maneira de ser brasileiro, quase
que uma exaltação dessa habilidade da nossa gente de encontrar formas
“criativas” para resolver problemas. A corrupção, como ela se manifesta em
nosso país, entra também por meio dessa validação cultural e quase que
institucionaliza a sua prática.
Com o desenvolvimento econômico do
país, a indignação contra a corrupção, de alguma forma, se dilui. Alexandro
Salas, diretor para as Américas da Transparência Internacional, diz o seguinte:
"Quando um país começa a ter
uma economia mais sólida, é mais fácil ver um cidadão comum perdoando atos
corruptos, porque ele não faz um vínculo direto de como a corrupção o afeta. Se
agora ele tem um bom trabalho, um carro e se o ministro rouba, ele fica
irritado, claro, mas acha que isso não o atinge diretamente."
No ranking de Percepção da Corrupção
da ONG em 2012, o Brasil ocupou a 69ª posição, entre 176 países. Já no que
lista o grau de propinas pagas, o país ficou no 14º lugar - foram 28 países
analisados.
O Promotor de Justiça, Jairo da
Cruz Moreira, aponta os dez atos de corrupção mais presente no dia-a-dia do
cidadão comum:
- Não dar
nota fiscal;
- Não
declarar Imposto de Renda;
- Tentar
subornar o guarda para evitar multas;
- Falsificar
carteirinha de estudante;
- Dar/aceitar
troco errado;
- Roubar
assinatura de TV a cabo;
- Furar fila;
- Comprar
produtos falsificados;
- No
trabalho, bater ponto pelo colega;
- Falsificar
assinaturas.
"Aceitar essas pequenas
corrupções legitima aceitar grandes corrupções", afirma o promotor.
"Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não vê
problema em colar na prova ser mais propenso a, mais para frente, subornar um
guarda sem achar que isso é corrupção."
Em seu livro “Dando um Jeito no
Jeitinho”, Lourenço Stelio Rega apresenta o que ele chama de ciclo vicioso da
corrupção que se inicia no descaso das autoridades que leva o povo a sentir-se
no direito de transgredir a norma e, por conseguinte, dar um “jeito”, pagando
suborno para não ser punido. O pagamento de suborno a uma autoridade pública
reestimula a corrupção, gerando impunidade e fechando, assim, o círculo.
O antropólogo Roberto DaMatta
defende que essa prática sistêmica é uma forte razão pela qual o brasileiro é
complacente com a corrupção na política, por exemplo. Nas palavras dele, “uma
sociedade de rabo preso não pode ser uma sociedade de protesto”.
O ex-secretário geral das Nações
Unidas (ONU), Kofi Annan, certa vez disse:
“A corrupção é uma praga
insidiosa que tem um largo espectro de efeitos corrosivos nas sociedades. Ela
sabota a democracia e o texto da lei, leva a violações dos direitos humanos,
distorce os mercados, corrói a qualidade de vida e facilita o crime organizado,
terrorismo e outras ameaças ao florescimento da segurança da humanidade. A
corrupção fere o pobre desproporcionalmente através dos desvios de fundos que
deveriam ir para o desenvolvimento, compromete a habilidade do governo em
prover serviços básicos, alimenta a desigualdade e a injustiça, além de
desencorajar a ajuda e o investimento externo. Corrupção é o elemento chave no
mau desempenho das economias e o principal obstáculo ao desenvolvimento e ao
combate à pobreza”.
Chico Buarque homenageia o
malandro às avessas, aquele que tem família, que trabalha, que deixou a
criminalidade. Penso que essa poesia retrata bem a mudança na maneira de
enxergar a questão da corrupção no contexto brasileiro, apontando que há algo
problemático com essa “ética do jeitinho”.
Homenagem ao Malandro (Chico
Buarque)
“Eu fui fazer um samba em homenagem
à nata da malandragem, que conheço de outros
carnavais.
Eu fui à Lapa e perdi a viagem,
que aquela tal malandragem não existe mais.
Agora já não é normal, o que dá de malandro
regular profissional, malandro com o aparato
de malandro oficial,
malandro candidato a malandro federal,
malandro com retrato na coluna social;
malandro com contrato, com gravata e capital,
que nunca se dá mal.
Mas o malandro para valer, não espalha,
aposentou a navalha, tem mulher e filho e
tralha e tal.
Dizem as más línguas que ele até trabalha,
Mora lá longe chacoalha, no trem da central”.
De que corrupção nós
estamos falando?
A Bíblia trata do tema da
corrupção da raça humana e do plano redentor de Deus, do Gênesis ao Apocalipse;
a corrupção “lato sensu” (o pecado, de uma forma geral), que se desdobra em
corrupções “strito sensu” (manifestações específicas da rebelião humana). Nosso
foco é na corrupção como ferramenta de opressão econômica, afronta ao pobre; a
negação do acesso do outro aos direitos básicos pela malversação de dinheiro
público, pagamentos de propinas, superfaturamentos, etc…
Bryan R. Evans, da ONG Tearfund,
em seu livro “O custo da corrupção”, circunscreve o entendimento de corrupção à
fraude, apropriação indébita e suborno que podem ocorrer através do abuso de
poder, formação de cartel ou negócios escusos/nebulosos. Além disso, ele
categoriza a corrupção em três tipos: a incidental, a sistemática e a
sistêmica. O fato é que “corrupção” andará sempre de mãos dadas com a pobreza
e, por esse motivo, ela é uma questão de ordem moral e de direitos humanos.
Vejamos alguns efeitos práticos
da corrupção: o alto custo do acesso aos serviços de saúde e educação; padrões
de saúde e segurança públicas precárias, riscos ambientais, violação dos
direitos humanos, precariedade do acesso à justiça. Além das mulheres e das
crianças, os portadores de deficiência, pessoas com vírus HIV, idosos e os
refugiados estão entre os que mais sofrem as consequências da corrupção.
O que a Bíblia tem a
dizer sobre o assunto?
Ao refletirmos nas Escrituras, o
que se espera que seja a práxis da igreja de Cristo? “E criou Deus o homem à
Sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). “E
viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a
manhã, o dia sexto” (Gn 1.31).
A desobediência da criatura
humana abre as portas para toda a cultura de violência e morte que vai
descaracterizar a imagem de Deus no homem. “A terra, porém, estava corrompida
diante de Deus, e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida;
porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn 6.11-12).
A corrupção, como a conhecemos, é
talvez a violência em sua forma mais cruel. Não é possível dissociarmos a ideia
de corrupção daquilo que entendemos como violência contra a dignidade humana,
seja pela promoção da precarização dos serviços públicos, pela facilitação do
crime ou pelo incentivo ao aumento da miséria.
A corrupção aflige a terra desde
a Queda. Não é surpresa, portanto, que muitos a vejam como algo normal,
inevitável; um mal necessário na condução dos negócios e a forma como o rico e
o poderoso levam sempre vantagem sobre o pobre e o fraco. Porém as Escrituras
deixam claro que a corrupção é uma injustiça e, mais do que isso, elas requerem
um posicionamento contra a corrupção.
O relato de corrupção, propina ou
suborno mais conhecido da história está na Bíblia. Foram as 30 moedas de prata
dadas pelos sacerdotes judeus a Judas Iscariotes para que ele os levassem até o
Jardim do Getsemani, onde Jesus e os discípulos passavam a noite. Lá Judas
mostrou a eles através do beijo da traição quem era Jesus. Judas era ganancioso
e o dinheiro significava para ele, muito mais do que lealdade ou amor. Ele foi
motivado por ganância e ganho pessoal. Quando ele se deu conta do mal feito e
das consequências da sua traição, jogou as moedas no pátio do templo e cometeu
suicídio (Mt 26 e 27; Mc 14; Lc 22).
Corrupção em forma de propina ou
suborno é condenada ao longo de toda a Escritura Sagrada. Samuel foi o primeiro
dos profetas do Antigo Testamento e um grande líder em Israel. Porém, mais
tarde em sua vida, em sua casa, ele acusou os seus filhos de não andarem em
seus caminhos. Foram avarentos, aceitaram subornos, torceram a lei (1 Sm 8.3).
A distorção da justiça é uma das piores consequências do suborno porque permite
que o rico explore o pobre. Na despedida que Samuel fez junto ao seu povo na
coroação do rei Saul, ele perguntou: “…diga-me de quem recebi suborno e com ele
encobri meus olhos, e eu vo-lo restituirei?” (1 Sm 12.3). Ele teve uma vida
exemplar e a multidão não hesitou em responder: “em nada nos defraudaste, nem
nos oprimiste, nem recebeste coisa alguma da mão de ninguém” (1 Sm 12.4).
Davi, rei de Israel, fez uma
pergunta retórica no Salmo 24: “Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará
no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração. Que não
entrega a sua alma à vaidade e nem jura enganosamente." No Salmo 26,
porém, ele apresenta o homem que tem a mão direita cheia de subornos em
contraste com o outro homem do Salmo 15.5 que “não empresta o seu dinheiro
visando lucro e nem aceita suborno contra o inocente”.
O profeta Isaías elogia “…aquele
cuja mão não aceita suborno.” (Is 33.15). E o profeta Amós denuncia “vocês
oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos
tribunais” (Amós 5.12).
Escrevendo sobre a Bíblia e a
corrupção, Hermes C. Fernandes apresenta textos bíblicos categorizados em modos
distintos de fraude financeira nas esferas pública e privada, mostrando a
corrupção como algo inaceitável diante de Deus:
- Advertência
contra a corrupção no funcionalismo público: Lc 3.12-13.
- Advertência
contra a corrupção policial: Lc 3.14.
- Advertência
contra a corrupção no Poder Judiciário: Dt 16.19-20; Ex 23.8; Pv 17.23; Is
5.22,23; Sl 82.2-5a; Lv 19.15.
-
Independência entre os poderes: Mq 7.2-3.
- Advertência
contra a corrupção no Poder Executivo: Is 1.23; Pv 29.4; Pv 16.12.
- Advertência
acerca dos assessores corruptos: Pv 25.5.
- Advertência
contra a corrupção no Poder Legislativo: Is 10.1-4
- Advertência
contra a corrupção e a ganância no meio empresarial: Ez 22.12-13a; Pv 16.8; Pv
22.16.
- Advertência
contra juros absurdos praticados pelo Sistema Financeiro: Pv 28.8; Ez 18.5,7-9;
Ex 22.25; Sl 112.4-5,9.
- Advertência
acerca dos Direitos trabalhistas: Jó 31.13-14; Ml 3.5; Cl 4.1; Lv 19.13.
- Advertência
contra lucros desonestos: Os 12.7; Dt 25.13-16; Pv 11.1; Pv 16.11; Mq 6.11; Lv
19.35-36.
No primeiro século depois de
Cristo, o apóstolo Paulo se recusou a pagar suborno ao governador romano Félix.
O governador admitiu que Paulo não havia feito nada de errado, mas ainda assim
o manteve na prisão porque “esperava que Paulo oferecesse a ele algum dinheiro”
(At 24.26). Esse tempo na prisão poderia ser gasto em visitas e encorajamento
às igrejas que Paulo havia fundado, ou (quem sabe) fazendo a tão sonhada viagem
missionária à Espanha. Nenhuma “justificativa” para o suborno poderia ser maior
do que essa que o apóstolo teve, mas ele se recusou a aceitá-lo. Essas
passagens nos mostram que, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, o suborno
é entendido como um pecado contra Deus. Uma perversão da justiça que permite
com que o rico explore o pobre - e dentre os pobres, mulheres e crianças são os
que mais sofrem. Abusos de poder que só satisfazem a ganância.
A corrupção não é apenas
moralmente errada. Ela mina o desenvolvimento econômico, distorce a lisura na
tomada de decisões e destrói a coesão social.
A corrupção mata! A corrupção é
desonra a Deus e, por isso, é a antítese do amor ao próximo.
No episódio de Caim e Abel, em
Gênesis 4, vemos Caim buscando “comprar” o reconhecimento do Senhor; e para
tanto, Caim decide tirar a vida do seu irmão. O Senhor Deus questiona a Caim
sobre o paradeiro de seu irmão. Caim responde com uma pergunta que tenta
justificar a sua independência arrogante: “Acaso sou eu o guardador do meu
irmão?” (v 9). Somos, ou deveríamos ser, os guardadores do nosso próximo;
promotores de conciliações, construtores de pontes e não agentes de violência e
morte. Como vimos no texto de Gn 6 “… a terra estava corrompida aos olhos de
Deus e cheia de violência”.
Sendo discípulo de
Jesus contra a corrupção.
Considerando que a corrupção, na
perspectiva que está sendo descrita, é um dos maiores, senão o maior, ato de
violência direta ou indireta do homem contra o seu semelhante e contra a
criação, o que, então, um discípulo de Jesus pode fazer? Que contribuição a
igreja pode dar na luta contra a corrupção? Considerando que toda lei de Deus
converge em Cristo, atraindo-nos pelo amor e conclamando-nos ao amor a Deus e
ao próximo (Mt 22.36-38), aquele que é a expressão perfeita da vontade do Pai
para o homem, nos aponta o caminho a seguir:
1. Jesus nos apresenta o modelo da não-violência
Na noite em que foi preso, quando
um soldado veio na direção de Jesus, o Mestre advertiu Pedro que já estava
pronto para reagir: “Ponha a espada de volta…o que vive pela espada, morrerá
por ela” (Mt 26.52). Diante de Pilatos, Jesus também faz uma declaração que
sugere um caminho alternativo na relação com os poderes temporais: “Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo,
pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora
o meu reino não é daqui” (Jo 18.36). Os valores do reino de Deus são distintos;
subvertem a lógica dos reis. O poder dos discípulos de Jesus é poder para ser e
para servir, e não para revidar com a mesma moeda. O modelo de combate do
cristão não passa pela reprodução da violência, mas sim por um comprometimento
com a paz e com o amor, por meio de ações de serviço.
2. Jesus apresenta a fonte da
violência
“E, chamando outra vez a
multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e compreendei. Nada há, fora do
homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que
contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos,
os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as
maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” ( Mc 7.14-23).
Ainda que a violência em forma de
corrupção possa ser manifestada através de sistemas, esquemas e estratagemas,
sabemos que a fonte será sempre o coração corrupto do homem. E é muito bom
entendermos isso porque nos ajuda a colocar as coisas em perspectiva e a
compreendermos pelo menos duas coisas: 1) que, potencialmente, todos nós
estamos sujeitos aos descaminhos e precisamos ser cuidadosos em como vivemos a
vida; 2) que a corrupção é uma questão de decisão pessoal, e não o fruto de um
sistema sem rosto. Cada escolha, uma responsabilidade.
3. Jesus nos encoraja a
enfrentarmos a violência com bravura
Jesus ensinou que o mundo é um
lugar perigoso de se viver. Mas ele desafiou seus seguidores a não terem medo.
“Não temam aqueles que matam o corpo mas não podem matar a alma.” (Mt 10.28).
Ele também disse: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz.
Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (Jo
16.33). “Tenham ânimo!”. Numa das traduções desse texto para o inglês,
encontramos a expressão “sejam bravos!”. Que tipo de bravura é essa que Jesus
pede dos seus seguidores?
4. Jesus exige de nós uma
resposta à violência
Penso que é no Sermão do Monte
que vamos encontrar aquilo que Jesus deseja que seus discípulos façam em
relação à corrupção, e a qualquer forma de violência. As palavras do Mestre
tratam dos desafios da vida real. É quando ele diz: “Felizes os pacificadores,
pois eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Fazer a paz dá trabalho,
trabalho duro, trabalho frustrante, muitas vezes inconveniente. Felizes aqueles
que gastam as suas vidas a serviço da reconciliação e da “shalom”.
Em seu livro “Discipulado”, o
teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer disse:"Os seguidores de Jesus foram
chamados para a paz. Quando ele os chamou, eles encontraram sua paz, porque ele
é a sua paz… Mas a eles foi dito que deveriam não apenas ter paz, mas fazer a
paz".
John Stott, em seu comentário do
Sermão do Monte, diz: “Agora pacificação é uma obra divina. Por paz entenda-se
reconciliação, e Deus é o autor de toda paz e reconciliação”.
Pacificadores, portanto, são
construtores de pontes num mundo de relações corrompidas. Pacificadores agem em
nome de Jesus, na base dos valores do reino de Deus, promovendo diálogos para a
reconciliação. Pacificadores enfrentam a corrupção de forma pacífica,
inteligente e criativa, tendo sempre a justiça do Reino como referência para a
“shalom”. Pacificadores vão às ruas e clamam pela paz; articulam-se com outros
grupos que tenham interesse comum para fazerem trabalho conjunto; promovem
campanhas; mobilizam igrejas na ação contra o mal em forma de violência e
corrupção. Pacificadores acompanham as decisões políticas e buscam incidência
pública objetivando a implementação de mecanismos de controle social e
transparência. Pacificadores dão voz aos sem-voz. Pacificadores buscam diálogos
possíveis e quando não é possível, falam sozinhos. Pacificadores são o sal que
preserva o mundo da corrupção do mal. Pacificadores são a luz que traz às
claras aquilo que se esconde na escuridão. Pacificadores bem-aventurados; que
têm fome e sede da justiça de Deus.
Corrupção é uma questão
de caráter
Não se garante transformação de
caráter através de controle social e transparência na administração pública.
Por outro lado, não é possível haver administração pública eficiente sem o
envolvimento de pessoas de caráter nos processos de acompanhamento da
governança. Há, portanto, dois níveis de ação da igreja nesse terreno:
O primeiro é o de fazer um
chamado à própria igreja a um posicionamento ético que identifique os frutos de
justiça produzidos pela ação do Espírito Santo na vida daqueles que se dizem
participantes da nova criação. Ou seja, precisamos admitir que a igreja pode
ser parte do problema da nação. Uma instituição corrompida e corruptora não tem
o que dizer em matéria de ética na governança pública. O outro nível de ação
nos move na direção de uma maior incidência pública para a garantia do
cumprimento das leis, ou a criação de novas leis, que contribuam para a
construção de um ambiente social onde se garanta um mínimo de justiça e paz.
Aqui cito Carlos Queiroz para argumentar em favor de um engajamento da igreja
nas questões de justiça e paz no mundo dos homens:
“A justiça de Deus é bem maior
que o conceito de justiça do ser humano. É baseada em valores como mansidão,
sensibilidade, misericórdia e amor. Mas isso não quer dizer que a justiça de
Deus é menor do que o mínimo exigido pela justiça humana, como o direito à
habitação, alimentação, saúde, educação, lazer, liberdade de exercer a vocação
humana.”
“Uma igreja socialmente
responsável se utilizará dos instrumentos democráticos para que a sua
espiritualidade em missão tenha incidência nas políticas públicas, nos direitos
do cidadão e nos testemunhos de boas obras e prática da justiça.”
Deus quer vida; a corrupção destrói a vida.
Deus quer justiça; a corrupção oprime o
pobre roubando-lhe os direitos.
Deus quer riqueza honesta; a corrupção cria
obstáculos ao desempenho econômico.
Deus quer comunidade; a corrupção destrói a
confiança e a segurança.
Deus quer dignidade; a corrupção destrói a
dignidade e a credibilidade.
Deus quer paz; a corrupção fortalece a
violência e os instrumentos de guerra.
A luta contra a corrupção,
portanto, faz todo o sentido para aqueles que dizem conhecer o Deus
incorruptível e almejam viver para servi-lo, refletindo na vida o seu caráter
santo. A revelação de Deus na Sua Palavra nos confronta, nos transforma e nos
move à missão. A missão se dá no solo real de um mundo corrompido e fraturado.
A missão nos aponta o caminho em direção ao solitário, ao pobre e ao oprimido.
Sempre que a igreja busca se
envolver na justa causa contra a corrupção estará respondendo a Deus de forma
diferente de Caim: “Eu sei, sim, onde está o meu irmão, porque sou responsável
por ele. Sua vida me diz respeito. Como posso servi-lo?”.
Nota: artigo publicado
originalmente no site da Aliança Evangélica.
IV. Jesus e a Justiça
Social.
Antes de discutir a visão cristã
da justiça social, precisamos definir os termos. A justiça social é um conceito
tão politicamente carregado que realmente não pode ser dissociado do seu
contexto moderno. A justiça social é muitas vezes usada como um grito de guerra
para muitos no lado esquerdo do espectro político. Este trecho da pesquisa
"Justiça Social" na Wikipédia (traduzido do inglês) é uma boa
definição deste conceito:
"A justiça social é também
um conceito que alguns usam para descrever o movimento em direção a um mundo
socialmente justo. Neste contexto, a justiça social baseia-se nos conceitos de
igualdade e direitos humanos, e envolve um maior grau de igualitarismo
econômico através da tributação progressiva, da redistribuição de renda ou até
mesmo da redistribuição da propriedade. Essas políticas visam atingir o que os
economistas de desenvolvimento chamam de igualdade de oportunidades, a qual
pode realmente existir em algumas sociedades, e para a fabricação de igualdade
de resultados nos casos em que as desigualdades inerentes aparecem em um
sistema processualmente justo".
A palavra-chave nesta definição é
"igualitarismo". Esta palavra, juntamente com as frases
"redistribuição de renda", "redistribuição da propriedade"
e "igualdade de resultados", diz muito sobre a justiça social. O igualitarismo,
como uma doutrina política, essencialmente promove a ideia de que todas as
pessoas devem ter os mesmos (iguais) direitos políticos, sociais, econômicos e
civis. Esta ideia é baseada no fundamento dos direitos humanos inalienáveis
consagrados em documentos como a Declaração de Independência Americana.
No entanto, como uma doutrina econômica, o igualitarismo é a força motriz por trás do socialismo e do
comunismo. É o igualitarismo econômico que visa remover as barreiras da
desigualdade econômica por meio da redistribuição da riqueza. Vemos isso sendo
implementado através de programas de assistência social onde as políticas
fiscais progressistas tomam proporcionalmente mais dinheiro de pessoas ricas a
fim de elevar o padrão de vida para as pessoas que não têm as mesmas condições.
Em outras palavras, o governo tira dos ricos e dá aos pobres.
O problema com essa doutrina é duplo: primeiro, há uma premissa
equivocada no igualitarismo econômico de que os ricos se tornaram ricos através
da exploração dos pobres. Grande parte da literatura socialista dos últimos 150
anos promove essa premissa. Isso pode ter sido o caso principal quando Karl
Marx escreveu o seu primeiro Manifesto Comunista, e ainda hoje pode ser o caso
por parte do tempo, mas certamente não o tempo todo. Em segundo lugar, os programas
socialistas tendem a criar mais problemas do que resolvem; em outras palavras,
eles não funcionam. Os programas de assistência social, os quais usam a receita
fiscal pública para complementar a renda da população subempregada ou
desempregada, normalmente têm o efeito de tornar os beneficiários dependentes
da ajuda governamental ao invés de encorajá-los a tentar melhorar a sua
situação. Todo caso em que o socialismo/comunismo foi implementado em escala
nacional foi um fracasso, não conseguindo remover as distinções de classe na
sociedade. Em vez disso, tudo que faz é substituir a distinção entre a nobreza
e o homem comum com uma distinção entre a classe de trabalho e classe política.
Qual, então, é a visão cristã da justiça social? A Bíblia ensina
que Deus é um Deus de justiça. De fato, "Deus é... justo e reto"
(Deuteronômio 32:4). Além disso, a Bíblia sustenta a noção de justiça social na
qual a preocupação e os cuidados são mostrados a favor dos pobres e aflitos
(Deuteronômio 10:18, 24:17, 27:19). A Bíblia muitas vezes se refere ao órfão, à
viúva e ao estrangeiro - ou seja, pessoas que não eram capazes de cuidar de si
mesmas ou não tinham um sistema de apoio. A nação de Israel foi ordenada por
Deus para cuidar dos menos afortunados da sociedade, e seu eventual fracasso de
fazer isso foi em parte a razão para o seu julgamento e expulsão da terra.
Quando Jesus pregou o Sermão do
Monte, Ele mencionou cuidar dos "pequeninos" (Mateus 25:40) e Tiago,
em sua epístola, expõe a natureza da "verdadeira religião" (Tiago
1:27). Assim, se por "justiça social" queremos dizer que a sociedade
tem a obrigação moral de cuidar dos menos afortunados, então isso é correto.
Deus sabe que, devido à queda, haverá viúvas, órfãos e peregrinos na sociedade,
e Ele fez provisões no antigo e novo testamento para cuidar deles. O modelo de
tal comportamento é o próprio Jesus, o qual refletiu o senso de justiça de Deus
ao levar a mensagem do evangelho até mesmo aos párias da sociedade.
No entanto, a noção cristã de
justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social. As
exortações bíblicas para cuidar dos pobres são mais individuais do que da
sociedade como um todo. Em outras palavras, cada cristão é encorajado a fazer o
que puder para ajudar o "menor destes." A base para tais mandamentos
bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos - amar ao próximo como
a si mesmo (Mateus 22:39). A noção de justiça social de hoje substitui o
indivíduo com o governo, o qual, por meio de impostos e outros meios,
redistribui a riqueza. Esta política não incentiva a doação motivada pelo amor,
mas apenas o ressentimento daqueles que veem a riqueza pela qual tanto
trabalharam sendo tirada deles.
Uma outra diferença é que a
cosmovisão cristã da justiça social não supõe que os ricos são os beneficiários
de lucros indevidos. A riqueza não é o mal em uma cosmovisão cristã, mas há uma
responsabilidade e uma expectativa para ser um bom administrador (porque toda
riqueza vem de Deus). A justiça social de hoje opera sob a suposição de que os
ricos exploram os pobres. A terceira diferença é que, sob o conceito cristão de
boa administração, o cristão pode doar a instituições de caridade que ele
queira apoiar. Por exemplo, se um cristão tiver uma afinidade com os bebês
ainda não nascidos, ele pode apoiar agências e organizações que se dedicam a
esse fim com o seu tempo, talento e finanças. Sob a forma contemporânea de
justiça social, os que estão no poder são os que decidem quem recebe a riqueza
redistribuída. Não temos nenhum controle sobre o que o governo faz com os
nossos impostos e, mais frequentemente do que não, esse dinheiro vai para
instituições de caridade que não consideramos dignas.
Resumindo, há uma tensão entre
uma abordagem da justiça social que é centrada em Deus e da que é centrada no
homem. A abordagem centrada no homem vê o governo no papel de salvador,
trazendo consigo uma utopia por meio de políticas governamentais. A abordagem
centrada em Deus vê Cristo como Salvador, trazendo o céu para a terra quando
Ele voltar. No Seu retorno, Cristo restaurará todas as coisas e executará a
justiça perfeita. Até então, os cristãos expressam o amor e a justiça de Deus
ao mostrar bondade e misericórdia para com os menos afortunados.
Nota: artigo publicado originalmente em
gotquestions.org/Portugues/justica-social.html#ixzz3HZfbGkV6
V. Jesus e o clamor do homem
justo.
Em Mateus 5: 01-12, O Mestre, na
célebre cena no monte, em seu sermão, nos ensina e mostra boas novas quanto àqueles
que o seguem. Nos diz sobre Boas Aventuranças.
Ele cita os que tem "fome e
sede de justiça", e incluo aqui a social.
Um dos maiores exemplos para
contemporizar esse tipo de cristão, é a pessoa de João Batista, aquele mesmo
que chamava os líderes de seu governo de "víboras", apontando seus
erros e pecados.
depois visitem:
http://blogdomonsores.blogspot.com.br/2011/01/dieta-do-gafanhoto-e-mel-silvestre.html
João Batista podia ser visto como
arrogante, louco, altivo, prepotente, falador, impulsivo, irresponsável e
inconsequente, mas mesmo assim Jesus o amou e disse coisas brilhantes a
respeito deste a quem batizou Jesus.
Pensem comigo... João diz não ser
digno de tirar as alparcas/sandálias de Jesus.
Ele, com isso, afirma ser pior
que o mais baixo dos serviçais, pois estes apenas tiravam as sandálias de seus
senhores e lavavam os seus pés e de visitantes. Tarefa árdua considerando os
pés suados e sujos com o pó da Palestina. Quem já jogou futebol descalço em
terreno de barro sabe o que eu digo.
Mas incluo aqui mais uma exegese
desta afirmação de João Batista.
Consideremos que João não seja
digno, no sentido de "COMPETENTE" para tirar as sandálias de Jesus, o
que representa muito, se verificarmos Efésios 6, que diz sobre as SANDÁLIAS DO
EVANGELHO.
Mas isso, nem João e nem ninguém
seria capaz de tirar as sandálias de Jesus, algo impregnado nele. O Evangelho
incapaz de ser tirado de nosso Mestre!
Deste João acima citado, Jesus
diz sobre ele:
Mateus 11:11.
11 Em verdade vos digo que, entre os que de
mulher têm
nascido,
não apareceu alguém maior do que João o
Batista;
Lucas 7:28.
28 E eu vos digo que, entre os nascidos de
mulheres,
não há maior profeta do que João o Batista;
Jesus cita também os "perseguidos
por causa da Justiça", e aqui são todos os que procuram viver de acordo
com a Palavra de Deus, por amor à Justiça, sofrerão perseguição.
João foi perseguido e morto pelo
governo hipócrita, falso e manipulador. Qualquer um que quiser "cortar a
cabeça" de um cristão convicto, será semelhante a Herodes.
Agora eu pergunto mais uma vez:
Você, cristão Meia-boca, teria coragem de imitar João Batista?
PARA CONCLUIR, sempre haverá
momentos ruins e situações em que o Cristão será confrontado com o poder e
manifestar-se diante da sociedade.
Cabe a cada um ouvir a voz de
Deus e Seu Espírito, guiando suas atitudes. Mas uma coisa atento... DEUS NÃO
NOS COLOCA ESPÍRITO DE COVARDIA.
Tudo bem que o CÉU nos espera;
que somos peregrinos nesta terra errante; que o nosso tempo passa, mas a
eternidade está à frente; mas a Palavra diz para não nos conformarmos com o
mundo, mas transformar este mesmo mundo pela renovação de nossa mente...
Clame como Habacuque, mas seja
justo, e viva pela fé.
Jesus sempre quis que fossemos
Luz, então iluminemos! Afinal, pra que iluminar o céu se O Próprio Deus É Luz
Absoluta? Vamos iluminar a Terra!
Me perdoem o longo texto, mas
aqui vai minha voz para mostrar (não justificar), como Cristão não desejoso de
ser "meia-boca", o porquê de certas postagens e embates nas redes
sociais, sobre o tema corrupção, justiça e o posicionamento de qualquer um que
se diz "seguidor de Jesus Cristo".
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Alexandre Monsores / Outubro 2014